EDITORIAL

PALAVRA FIANDEIRA é um espaço essencialmente democrático, de liberdade de expressão, onde transitam diversas linguagens e diversos olhares, múltiplos olhares, um plural de opiniões e de dizeres. Aqui a palavra é um pássaro sem fronteiras. Aqui busca-se a difusão da poesia, da literatura e da arte, e a exposição do pensamento contemporâneo em suas diversas manifestações.
Embora obviamente não concorde necessariamente com todas as opiniões emitidas em suas edições, PALAVRA FIANDEIRA afirma-se como um espaço na blogosfera onde a palavra é privilegiada.

quinta-feira, 11 de março de 2010

PALAVRA FIANDEIRA 20



PALAVRA FIANDEIRA
REVISTA DE LITERATURA 
ANO 1 - Nº 20 - 11/MARÇO/2010

NESTA EDIÇÃO:
ENTREVISTAS DE MARÇO!

PORTUGAL
EXCLUSIVO: 
CARMEN EZEQUIEL
ENTREVISTA
ISABEL REIS

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SOMBRAS COMUNS
Parte V

Entrevista a Isabel Reis

Por Carmen Ezequiel



Recuso-me a aceitar que o mundo em que vivemos se tornou frio e mecânico, que sobrevive de interesses e objectivos”

Já me deixei reprimir e vergar, mas a força de um espírito quando é forte, não consegue ser oprimida por muito tempo.”
Isabel Reis

Por cá, há o hábito de dizer que “do dito ao feito vai um grande eito”.
Em Sombras Comuns entrevista-se uma “tripeira de gema… nascida na bela cidade do Porto e criada algures nos arredores”; que disse e fez, e que muito mais nos irá mostrar, quer com os seus livros de poesia, nas suas palavras, delírios ou confidências ou, com a sua simplicidade e beleza interior.
Diz-se “Cinderela das Histórias; teimosa para o bem e para o mal, determinada” e dificilmente desiste das pessoas. Esta que diz viver no Mundo da Lua e que, “segundo os entendidos entrou na idade mágica… os trinta”.
Aqui e agora, entrevista-se Maria Isabel de Araújo Reis, uma mulher “de raízes muito vincadas, adora ter a família à volta” e é no Porto que encontra esse sentimento e familiaridade. “É uma cidade, mas no entanto, as pessoas ainda se cruzam em todo o lado, como se fossemos uma pequena aldeia, onde em qualquer sítio me sinto parte de uma grande família”.
Isso fá-la feliz porque ao apanhar o autocarro “não encontro um motorista, mas o Pedro, que me leva todos os dias a casa; e depois de um longo dia de trabalho, vou ao café e encontro o Sr. António; a Mónica da Mercearia; a Paula do cabeleireiro…”. Enfim, um mar de gente que se olha nos olhos, que não se esconde dos outros e que diz a todos “bom dia”.
Apresento-vos Isabel Reis, que “gostava de ser um gato”, pelo mistério, sensualidade, meiguice, inteligência e porque para “além de que têm sete vidas”.

Carmen Ezequiel – Define-te em 3 linhas. Quem é Isabel Reis?
Isabel Reis – Uma mulher apaixonada, sonhadora… uma romântica incurável que vive em busca do seu príncipe encantado. Acredita no amor à primeira vista, que o mundo poderia ser um sítio melhor se as pessoas não fossem tão egocêntricas… e que ainda tem muito para viver.



CE – Fala-nos um pouco do teu amor pela poesia. Como começou, o quê ou em quem te inspiras?
IR – Não sei dizer como começou o meu amor pela poesia. Acho que já nasceu comigo… mas aqui entre nós e segundo reza a história, o meu tio tem uma tipografia há já muitos anos…, um dia os meus pais fizeram noitada por lá e… bem… passados uns meses nasci; por isso deduzo que tanto amor num sítio rodeado de livros, letras e papel, teve a sua influência…
Mas falando sério... Escrevo desde que me lembro de ser gente, foi algo que sempre me fez sentir realizada e aliviada… Sempre encarei a escrita como um escape ao mundo à minha volta, uma forma de desabafar, sem ninguém para responder de volta, nem julgar.
Quanto à inspiração… sinceramente que em ninguém em particular, inspiro-me antes no que sinto e no que vejo e depois deixo a escrita fluir. No entanto, tenho alguns escritores dos quais sou fã, Nora Roberts fascina-me. Adoro um bom romance que me faça chorar este mundo e o outro. Em contrapartida, também adoro Lisa Gardner, os seus policiais fazem-me suster a respiração da primeira até à última linha…
Os livros são um mundo completamente aparte. Podemos viajar, conhecer o mundo e a nossa história, bem como, a de outras civilizações sem sair do nosso canto. Sempre li bastante, já em miúda devorava livros à mesma velocidade que surripiava chocolates à minha mãe…

CE – Lê-se poesia em Portugal? Dizes que “escrever em Portugal é difícil, mas quem o faz por amor à arte não desiste…”. Quais os obstáculos para quem quer escrever?
IR – Em Portugal lê-se, mas não o suficiente, e infelizmente penso que cada vez menos… o que é muito mau. Ler um bom livro enriquece a alma, estimula-nos a inteligência, para além de nos abrir novos horizontes. No entanto, digo e volto a dizer que em Portugal é difícil ser escritor se não formos conhecidos. Quem já tem visibilidade pode escrever qualquer coisa que consegue logo entrar nas grandes superfícies e vender, independentemente do conteúdo. Para um desconhecido não basta ter talento, mas muita sorte, isto porque cada vez mais aparecem novas editoras, às quais é preciso pagar ou como eles dizem “adquirir um certo número de livros” para garantir que ficam cobertos os custos com a edição do livro. É preciso batalhar imenso para vender e a divulgação é quase nula. Vejo por mim, que como tantos outros, passo por imensas dificuldades na divulgação, embora que hoje em dia temos na Internet uma óptima ferramenta para divulgar o que somos e o que fazemos. No entanto, é como disse e continuo a dizer… quem o faz por amor à arte não desiste e continua porque o importante não é ser conhecido… Ou pensam que Pessoa, Florbela e outros tantos, quando escreveram tudo que hoje estudamos nas escolas e ficou eternizado em músicas, o fizeram a pensar no quanto iriam ganhar com isso, ou em como seriam conhecidos? Não, fizeram-no porque ser escritor é isso mesmo… é dar vida e voz às vozes que temos dentro de nós… ao sem número de personalidades que nos habitam e que tentam co-existir num corpo só.

CE – Delírios de Uma Alma Encontrada, Maio 2008, Corpos Editora, foi o teu primeiro livro. Que dificuldades ou facilidades encontrastes?
IR – Sendo sincera, quando decidi tentar a minha sorte, a Corpos foi a primeira editora que contactei, e respondeu-me logo que sim… como não esperava sequer que me respondessem, quanto mais que me dissessem que queriam publicar os meus “delírios”, nem sequer tentei outra editora. No entanto, é como digo, fica difícil porque para novos autores não se entra no grande mercado logo, apenas em algumas livrarias espalhadas pelo país. Claro que se fores a uma Fnac e encomendares algum dos meus livros, eles fazem-no sem qualquer tipo de custo extra. No entanto, tens que esperar que chegue, se o quiseres logo na hora sais de mãos a abanar.

CE – Foi por “amor à arte” que fizeste o 2º livro Confidências no Colo da Lua, Junho 2009, Corpos Editora? O que o distingue do primeiro? Qual tem sido a adesão do público?
IR – Foi por amor à arte e também por mim, sou sincera!
Sinto uma enorme necessidade de o fazer para estar de bem comigo mesma… não consigo deixar de escrever; chego ao ponto de acordar para escrever, senão passo noites em claro “atormentada” pelas coisas que justamente me fazem escrever. São delírios e confidências que não consigo dizer em voz alta a ninguém.
O que distingue as minhas confidências dos meus delírios é justamente isso. No primeiro tinha uma necessidade imensa de desabafar o que me atormentava, o que me fazia sofrer… porque aquando do primeiro, estava mesmo a sair de um momento difícil na minha vida. Daí que o registo é um pouco sofrido. Por isso mesmo, nele tentei passar uma mensagem de coragem, de que “existe uma luz ao fundo do túnel” para todos nós… daí dizer que são delírios.
No segundo, já me sinto mais confiante, de bem com a vida e principalmente de bem no amor, estou apaixonada e isso nota-se… daí sair em registo de confidência. Neste, a mensagem que tento passar é de que o amor é para todos, basta não desistir. Para além disso, também passei um pouco pela prosa poética, em que se nota mais confiança em mim como escritora.
A adesão do público tem sido boa; noto que muitos dos que leram o primeiro, quiseram ler o segundo; o que é muito importante para mim… Nos comentários/criticas de todos aqueles que me lêem sinto carinho e sinto também o quanto as pessoas se identificam com a minha escrita… o que me deixa muito feliz.

CE – Consideras que a palavra é desvalorizada em Portugal? E, no mundo? Em que te baseaste para o dizer?
IR – Pode-se dizer que sim… tanto em Portugal como no mundo. Aliás basta ver muitos artistas de hoje que são escolhidos pelas medidas antes do talento… No entanto, a palavra tem uma força tremenda, e quando alguém se consegue fazer “ouvir” faz toda a diferença…
Temos um exemplo em Inglaterra que se tornou fenómeno mundial por isso mesmo… a cantora Susan Boyle foi ridicularizada em palco quando a viram entrar, mas quando abriu a boca a senhora deixou sem palavras até o próprio Simon Cowel, bem conhecido por ser demasiado duro nas críticas que faz. Quem diz ela, diz tantos outros que temos na história; fora aqueles que passaram e passam despercebidos por esse mundo fora e aqui mesmo no nosso país… Camões por exemplo, hoje em dia não se passa em português sem “dissecar” os lusíadas… no entanto, ele morreu sem ver reconhecido o valor das suas palavras.



CE – No teu blogue Pensamentos da Lua (http://pensamentos-da-lua.blogspot.com) identificas-te como uma Cinderela de Histórias, vivendo no Mundo da Lua. O que contas e para quem? Transmutas-te como a lua e escreves em resultado dessa metamorfose?
IR – Cinderela vem de longe, não sei porquê mas foi sempre uma história que me fascinou… a madrasta, a donzela resgatada pelo príncipe… enfim, mais uma história de amor que sobrevive à maldade. Eu como romântica incurável tenho uma madrasta… a vida, no entanto, acredito que através do amor tudo se ultrapassa e tudo se alcança. Daí dizer que vivo no mundo da lua… já são poucos aqueles que ainda acreditam nesse tipo de amor, por isso prefiro viver no mundo da lua, recuso-me a aceitar que o mundo em que vivemos se tornou frio e mecânico, que sobrevive de interesses e objectivos. Por isso, falo para todos os apaixonados que acreditam no amor como eu… e tento fazer-me ouvir por aqueles que devido ao sofrimento deixam de acreditar. A lua fascina-me, a mim como a qualquer poeta… vive na noite rodeada pelo brilho das estrelas, apesar do seu amor (o sol) viver durante o dia, e o breve instante em que se cruzam é-lhe suficiente para que brilhe sempre lá no alto sem desanimar. Daí identificar-me com ela, porque para mim o amor é isso mesmo… viver na esperança e sorrir mesmo na adversidade.

CE – O teu poema Cada Lágrima… cada Dor transmite a tua inata essência de lutadora. De onde te vem essa insaciedade, o de quereres saber sempre mais e nunca desistir?
IR – A minha insaciedade, a minha essência de lutadora devo-a aos meus pais… Passaram por muito até hoje, criaram quatro filhos enfrentando todo o tipo de dificuldades. Não nos deram luxos, brinquedos, nem uma casa farta de bens materiais, mas deram-nos o mais importante de tudo, uma casa farta de felicidade, carinho, união. Lembro-me que no natal não tínhamos grandes prendas, mas tínhamos sempre muita brincadeira pela noite dentro, bem como no resto do ano… quando nos juntamos todos é brincadeira pela certa. E só podia ser uma lutadora, com o exemplo que me deram… nunca desistiram de nada, mesmo quando os problemas eram mais que muitos, mas principalmente nunca desistiram deles… Tenho nos meus pais o maior exemplo de que o amor é capaz de triunfar sobre tudo o resto… cresci a ouvir as pessoas perguntarem ao meu pai como conseguia ser tão pobre e ao mesmo tempo ter uma família tão feliz… e o segredo está como sempre estará no amor que os une, e que fez de nós (filhos), seres humanos fortes, confiantes e capazes de lidar com o que a vida nos der de bom e de mau.



CE – Alguns dos teus poemas, senão a sua maioria, falam de um passado, de um medo abandonado, de um crescimento interior, de alguém que partiu, de um querer e não querer, …; de aspectos relacionais e de relações. Florbela Espanca lê-se nas entrelinhas? O sofrimento faz-nos melhores e, o facto de o registrares alivia?
IR – Realmente tenho já uma grande bagagem no que diz respeito a medos, sofrimentos… Sou uma pessoa que se entrega de corpo e alma e, por causa disso, acabo por sofrer bastante. Porque infelizmente nem toda a gente é de confiança… no entanto, como eu gosto de dizer, até porque é a realidade… como me entrego mais, sofro mais… mas também quando acerto, sou feliz, sou muito mais feliz, justamente por viver a vida mais intensamente. Já não é a primeira vez que me lêem e falam em Florbela Espanca e sinto-me lisonjeada por isso… porque sim, acredito que o sofrimento faz de nós pessoas melhores, quando entendemos que na vida as experiências porque passamos não são em vão e decidimos guardar essas experiências na bagagem e tirar partido do que passamos para aprender e seguir em frente, em vez de nos agarrarmos a isso para baixar os braços e desistir… desistir de sonhos, de novas vivências, só porque um dia outras correram mal. Se registrar alivia? Creio que sim, alivia, tira-me o peso negativo… sempre que escrevo sobre algo que me aconteceu, desabafo, mas ao mesmo tempo viro uma página sobre o que aconteceu, encerro histórias e sigo em frente.

CE – Em Confidências do Colo da Lua há um poema intitulado Vontades em que começas “Quero ser”. Neste momento, o que queres ser?
IR – Acima de tudo quero continuar a ser… continuar a ser uma mulher forte, sim porque é isso mesmo que considero ser, uma mulher forte. Não porque não sofro e não erro como os outros, claro que sim, como toda a gente, mas porque não desisto fácil. Continuar a ser uma boa mãe para o meu filho, faze-lo sentir-se seguro e confiante, e que cresça como eu, feliz. E quero escrever, escrever… escrever muito… sem desapontar aqueles que me lêem. Espero um dia viver apenas para a escrita, para poder fazer deste mundo o meu mundo por inteiro… até lá e enquanto isso não é possível, vou fazendo disto o meu escape ao mundo que me rodeia.

CE – A mulher “é uma força da natureza… que vive na sombra”.
Neste mês, em que se comemora o dia internacional da mulher, achas mesmo que a mulher vive na sombra? De quê ou de quem? Achas que continuamos a ser o sexo fraco na sociedade? Tu vives na sombra de alguém ou algo?
IR – A mulher já foi apenas sombra, hoje nem por isso. Quanto a sermos um sexo fraco na sociedade… o homem que disse isso não fazia ideia do que dizia… jamais fomos sexo fraco… oprimido sim, a mulher pode ter-se vergado à vontade masculina, mas nem por isso foi sexo fraco. Sempre trabalhámos dentro e fora de casa, até nos tempos antigos, à excepção das damas da sociedade que não tinham que trabalhar para sobreviver claro. Fora isso, a mulher sempre foi a viga que segurou a família. Aliás, quem educa(va) os grandes homens da sociedade, senão as grandes mães (mulheres)??? O homem na casa sempre teve o papel de sustento, mas no que diz respeito à transmissão de valores, educação, força, isso sempre foi responsabilidade da mulher. Por isso, quem diz que a mulher é sexo fraco, esquece-se que “por trás de um grande homem está sempre uma grande mulher”… sendo que hoje em dia ela já não se limita a ficar na sombra e conquistou o seu lugar na sociedade.
Se já vivi na sombra de alguém? Já… e já me deixei reprimir e vergar, mas a força de um espírito quando é forte, não consegue ser oprimida por muito tempo.

CE – Escolhe um dos teus poemas favoritos e fala-nos dele.
IR – Um dos meus poemas favoritos é o “Sou”… justamente porque me descrevo a mim, à minha maneira de ser e às minhas vivências… daí dizer que… 

“Sou…
Sou um doce amargo que ninguém quis
Triste, feliz… carinhosa, mas também ausente
Sou aquilo que não sonhei mas sempre quis
Uma menina/mulher tão inocente mas indecente
Esqueço o passado, sonho o futuro mas vivo o presente.”



CE – Queres deixar alguma mensagem para o leitor da Palavra Fiandeira?
IR – Depois de tudo que já disse, pouco sobra, mas penso que posso dizer que desistir dos nossos sonhos não é o caminho. Sem sonhos o Homem não é nada na vida, a não ser um caminhante errante sem destino, numa breve passagem pelo mundo… A vida encerra um sem-número de oportunidades e de experiências, deixá-las passar ao lado só porque algo corre mal, não é viver, mas simplesmente existir. Por isso, lutem muito, vivam mais e, amem sempre… porque amar é o que dá sentido à vida… uma vida sem amor é como uma noite sem luar ou um verão sem sol… vive-se, mas não é a mesma coisa. 
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Aqui, falou-se da vida, única, de uma Mulher de armas.
Agradeço-te, Isabel, a oportunidade que dás aos leitores da Palavra Fiandeira de te conhecerem. A tua beleza interior é a maior de todas e isso lê-se nas tuas palavras. Essa beleza que irradia e transparece dos teus poemas.
Adoro ler-te, és uma lutadora nata. Estás sempre pronta para dar tudo por tudo e a aprender com isso, porque o certo ou errado é aquilo que decidimos no momento.

Aqui, fala-se de tudo e de nada.
De tudo o que somos.
De nada que ninguém é.

Carmen Ezequiel



Mulher que vive, pensa e respira não apenas por si… mas sempre em função de mais alguém.”
Isabel Reis

Obras publicadas:

Maio 2008 – Delírios de uma alma encontrada - Corpos Editora
Junho 2009 – Confidências no colo da lua – Corpos Editora
Dezembro 2009 – Participação na colectânea “A traição da Psiquê” – Lugar da Palavra Editora
Dezembro 2009 – Participação na antologia “Cápsula do Tempo” – WAF


Mulher
Mulher força da natureza... um ser pensado ao pormenor.
Mulher aquela que vive na sombra, mas peça fundamental na acção...
Mulher que vive, pensa e respira não apenas por si…
…mas sempre em função de mais alguém.
Mulher é a sensualidade feita pessoa…
…ou talvez a pessoa que define sensualidade.
Mulher grita, chora, ri, vibra, sente…
…e mesmo assim quando é preciso… ela lá está… presente.
Mulher, menina, amiga, mãe, vulcão... tantos os papeis que desempenha.
Mulher tem muitas mulheres dentro de si…
… ou será que tem apenas uma???
uma com a capacidade de se desdobrar em muitas...
Mulher… ser mulher é dar muito mas também nada
dar o muito que traz em si
e aquele nada que não sabe ser…

Por Isabel Reis in "Confidências no Colo da Lua" - Corpos Editora/09
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CARMEN EZEQUIEL

CARMEN EZEQUIEL:
 CORRESPONDENTE E COLABORADORA DE 
PALAVRA FIANDEIRA 
EM PORTUGAL

6 comentários:

  1. Poxa que fofa que ela é, e alem de tudo meiga e inteligente.
    Bom conhecer mais pessaos assim. Bjos no coração!

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  2. Gostei da entrevista, um abraço à Isabel, poeta que aprecio pela alma dos seus poemas, há sempre um sentido a tomar nota em cada verso!!!

    Parabéns a si Carmen e sucesso para a Palavra Fiandeira!

    Enviado em: Hoje 15:20:19 no site da world art friends
    _________________
    Henrique Fernandes

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  3. Uma bela entrevista a uma bela alma, cuja poesia me encanta.

    Bjos. às duas.

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  4. Muitos parabéns pela entrevista, Carmen.
    "Cheira" a pessoas de sucesso: entrevistada e entrevistadora!Há alma por aqui.
    Um beijo

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  5. Oi Carmen,

    A alma dos versos no rosto de uma mulher.Voce foi muito feliz em conduzir esta gostosa entrevista com Isabel.
    Parabéns a ambas.

    Com carinho,

    Cris

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  6. gostei vai em frente um beijo carlos machado

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