EDITORIAL

PALAVRA FIANDEIRA é um espaço essencialmente democrático, de liberdade de expressão, onde transitam diversas linguagens e diversos olhares, múltiplos olhares, um plural de opiniões e de dizeres. Aqui a palavra é um pássaro sem fronteiras. Aqui busca-se a difusão da poesia, da literatura e da arte, e a exposição do pensamento contemporâneo em suas diversas manifestações.
Embora obviamente não concorde necessariamente com todas as opiniões emitidas em suas edições, PALAVRA FIANDEIRA afirma-se como um espaço na blogosfera onde a palavra é privilegiada.

sábado, 26 de outubro de 2013

PALAVRA FIANDEIRA 139

ANO 5

EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIO

PALAVRA FIANDEIRA
Publicação digital de divulgação cultural
ARTES, EDUCAÇÃO E LITERATURA

ANO 5 — Edição 139
Sábado, 26 Outubro 2013

PALAVRA FIANDEIRA tecendo mundos.
No universo da Poesia.

Nos bailes do Sul...

Com os poetas de São Miguel Paulista...

As letras gaúchas...

A saudade...

A arte dos fantoches...

O canto lírico...

A amizade com a Poesia...

Histórias de valentia, persistência e crença 
na força das letras...


O teatro infantil...

Os cantores da periferia no coração do povo...

Os quadrinistas: sonhos, luta e talento...

Cruzando o Atlântico...

Vozes de letras do querido Portugal...

Bibliotecárias na morada do livro....

A Literatura de Cordel...

Artistas de traços e cores...

As Artes Plásticas...
(Obra de Marília Chartune)

As contadoras de Histórias...

E tudo começou com ela...
(Primeira entrevistada de PALAVRA FIANDEIRA)

PALAVRA FIANDEIRA

Cinco anos no ar!
Edições aos sábados!
SEMPRE DOZE PERGUNTAS! 
A translação, o ciclo da vida nas quatro estações,
o Zoodíako (Homenageando o artista Jayme Cortez),
A palavra em todo o seu esplendor, nas raízes do mundo 
(Homenageando o poeta Eugénio de Andrade)
Assim nasceu PALAVRA FIANDEIRA

PALAVRA FIANDEIRA
Fundada pelo escritor
Marciano Vasques

sábado, 19 de outubro de 2013

PALAVRA FIANDEIRA 138

Considero que a arte 
seja o orgasmo da alma.


Não é fácil superar os conceitos adultos ou adúlteros e deixar-se libertar para os horizontes infindos do infanto- juvenil.

PALAVRA FIANDEIRA
Artes, Educação e Literatura
Publicação digital semanal de divulgação cultural
ANO 4 — Edição 138
19 OUTUBRO 2013

DENISE REIS

1.Quem é Denise Reis?
Poeticamente sou uma metáfora, um sopro, uma pedra, ou qualquer coisa assim. Sou feita à imagem e semelhança das coisas que ainda não são, mas um dia serão. Considero-me uma pessoa simples e corajosa. Simples por espelhar-me na natureza, buscando lições de equilíbrio e sabedoria. Corajosa porque me enfrento e tento me decifrar todos os dias. Procuro em mim a inocência do mundo, encontro no “mundo” a perversidade que me falta. Nasci em Santa Maria, cursei Comunicação Visual e Com. Social Publicidade e Propaganda na UFSM (incompleto).Formada em Técnico Contabilidade, Corretora de Seguros. Realizei diversas exposições de pintura a óleo e desenhos. Sou Ilustradora e diagramadora. 1º Lugar em poesia - Concurso Literário Felippe de Oliveira -Santa Maria e 3º lugar no Concurso Literário Aureliano de Figueiredo Pinto-Santiago e classificada no Poema no Caminho, poemas fixados nos ônibus de Santa Maria.



2.Tem uma preocupação com os animais. Isso reflete em sua poesia, de alguma forma?
Sim, tenho um amor incondicional pelos animais. Acredito que eles superam o “homem” em todos os aspectos. Sofro muito em pensar que os animais são vitimas indefesas da maldade humana. Esse amor me proporcionou a participação no livro de Ulisses Tavares “ Poemas que Latem ao Coração” com “Poema para Luma ( minha “delinha” cega)"


3. Participa de alguma entidade literária? Pode nos falar sobre isso? Como vê a importância de se participar de um grupo, uma agremiação, uma associação, enfim, por quais motivos um autor deve participar e se envolver com alguma entidade literária ou cultural?
Sou integrante da Diretoria da CAPOSM - Casa do Poeta de Santa Maria.
Organizo juntamente com os confrades as antologias “Confraria (In) Verso” que já são dez edições, a revista “Fora da Asa” e demais publicações da CAPOSM.
A Casa do Poeta é meu segundo lar. Lá encontro motivos e incentivos para a poesia e para a vida. Na “Casa” todos caminham juntos em prol do prazer poético.

3a.Gosta de Literatura Infantil? Entre os livros que leu em infância, tem algum que seja portador de uma marcante lembrança?
Adoro a literatura infantil. As crianças são muito exigentes e observadoras. O autor de livros para crianças tem que se fazer criança e abrir-se para o mundo, para os sonhos, a fim de satisfazer as expectativas infantis. Não é fácil superar os conceitos adultos ou adúlteros e deixar-se libertar para os horizontes infindos do infanto- juvenil.
Na infância frequentava muito a pequena biblioteca da escola João Belém , lembro –me de uma coleção “O Mundo da Criança” que tinha vários volumes. Gostava muito da parte que contava dos Deuses Gregos, da Babilônia, de Troia, da criação do mundo. Li também o clássico “O Pequeno Príncipe” :”Eis o meu segredo: é muito simples, só se vê bem com o coração.” Um titulo que me marcou muito , já na adolescência, foi “A Revolução dos bichos” de George Orwell e por último o romance poético “A MORTE DE VIRGÍLIO” de Hermann Broch .

4.Participou de uma obra em parceira, chamada AS TARTARUGUINHAS. É um livro infantil? Quem são as tartaruguinhas?
A amiga e grande poeta Haydée construiu tartaruguinhas com casca de nozes e papelão, daí nasceu um texto que foi transformado em livro. Um “mimo” em homenagem a Renata, neta da Haydée e minha afilhadinha. As Tartaruguinhas são amigas que convivem felizes em uma caixinha .




5.O que é a Comenda do Cravo?
A Comenda do Cravo é um belíssimo e tradicional baile da sociedade camarense, da cidade de General Câmara-RS. O Baile da Comenda foi incluído no Calendário de Eventos do Município, a realizar-se no mês de outubro de cada ano.
A Ideia de fazer um Jantar Baile do tipo "Comenda" surgiu quando o Fornari assumiu a Presidência do Sport Club Vira-Copos, que tinha como sede social o Cassino do Grêmio dos Sargentos e Subtenentes de General Câmara-RS. O objetivo era de movimentar e aquecer o mercado da região carbonífera, apresentando um espetáculo de bom gosto e criatividade, proporcionando diversão entre os participantes e projetando uma das mais belas cidades históricas gaúchas, com importância incalculável para patrimônio histórico do estado do Rio Grande do Sul. Meu esposo é natural de General Câmara, daí minha ligação com a cidade e como frequentadora do Baile da Comenda do Cravo.

Baile da Comenda
Comenda do Cravo — Baile 


6.É uma das participantes da ANTOLOGIA POESIA 2013: Como está sendo para você participar desse momento literário?
Esta sendo uma grande alegria. Estou ansiosa para vivenciar esse momento ímpar: conhecer novos escritores, compartilhar experiências poéticas e conhecê-lo pessoalmente .

Arte de Marília Chartune, artista plástica de Santa Maria, RS, 
na capa da ANTOLOGIA POESIA 2013

7.Tem alguma predileção por algum gênero literário?
Sim, tenho predileção pelo lírico. Por ser essencialmente poético, expondo a subjetividade do autor e do seu estado emocional .



8.Além da literatura, demonstra uma consciência e manisfesta frequentemente um posicionamento pela exigência da ética no mundo político. Pode a arte colaborar com a mudança de uma sociedade sem ser panfletária?
Como disse Otavio Paz :“...a mentira política se instalou em nossos povos quase constitucionalmente e o dano moral tem sido incalculável, alcançando zonas muito profundas do nosso ser. Movemo-nos na mentira com naturalidade.” Considero que a arte seja o orgasmo da alma. Sendo a alma o que se move por si só e move o mundo, é sim um instrumento de mudança, vetor, caminho para uma sociedade mais ética, mais justa e igualitária. É através da arte que nos assemelhamos e nos aproximamos de Deus. Criando e recriando, nós nos construímos e colaboramos para a construção de uma sociedade melhor.

Octavio Paz:  poeta, ensaísta, tradutor e diplomata mexicano

9.O que é o “Equilíbrio de Açucenas”?
É um livro de poesias de Haydée Hostin Lima, confrade da CAPOSM e grande amiga. É uma "floração" intensa e maravilhosamente delicada que transcende o significado das flores. Um poema deste livro que me toca muito é :
A Espera.


maçãs adoçam a madrugada
(há um silencio
engolido ao longe
por caminhões)

maçãs rompem
com sua casca
o rubor da solidão

( há uma teimosa espera
quebrada ao longe
pelo agouro de aves noturnas)

maçãs
madrugada
silêncio
solidão- aves noturnas
à espera da manhã.


10.Tem algum projeto literário sobre o qual poderia adiantar algo aos leitores da Fiandeira?
Temos um projeto para a Feira do Livro de Santa Maria - 2014, uma Antologia com escritoras amigas . Livro para adultos com prosa e poesia, baseado em vivencias e depoimentos identificados ou não, sobre o que as mulheres não dizem e os homens querem saber ou vice versa. O resto é segredo. Aguardem!

No lançamento de Mara Pittaluga

Livros e crianças
11.”A Menina”, seu lindo poema. Fale um pouco, por favor, dessa menina. Onde ela está hoje? Ainda convive com ela?
A menina que fui ainda vive em mim. Teima comigo, me foge, sai à procura do rio de águas límpidas, do cheiro de mato, das flores campestres, e quando os encontra , volta revigorada, locupletada de novos significados. A menina gosta de comer pitangas e amoras, de árvores alheias. É uma menina sonhadora como toda boa menina, seu grande sonho era ser general e comandar um exército. A menina que fui ainda guarda seus sonhos em mim. Eu a vigio e a protejo usando uma arma poderosíssima: a palavra.



12.Deixe aqui a sua mensagem final. Qual a sua PALAVRA FIANDEIRA?

Continuem a fiar as fibras das palavras até que a vida vire linha.

Amor , palavra fiada a ferro
ferindo as faces ocultas do poema.




PALAVRA FIANDEIRA

ANO 4 —Edições aos sábados
EDIÇÃO 138
Edição DENISE REIS
Palavra Fiandeira é uma publicação digital com periodicidade semanal. 
Divulgação Literária, Cultural e Artística.
PALAVRA FIANDEIRA
Fundada pelo escritor Marciano Vasques




sábado, 12 de outubro de 2013

PALAVRA FIANDEIRA 137


Lá em cima do piano
Tem um copo de veneno
Quem bebeu morreu
O culpado não fui eu



E não só meu coração, mas todo meu corpo 
fica um sorriso só

PALAVRA FIANDEIRA

ARTE, EDUCAÇÃO E LITERATURA
Divulgação Cultural

ANO 4 — 12 Outubro 2013
Edição 137

TANIA ANTUNES

1.Quem é Tania Antunes?
Sou professora de arte, contadora de histórias por profissão e por naturalidade, também sou mãe, gosto de dançar, cantar, brincar. Observo, espreito, sonho. E a cada dia aprendo que amar não tem limites.


2.É professora de Artes e Contadora de Histórias. Duas profissões que podem produzir o encantamento. Há momentos em que as duas se cruzam ou se enlaçam?
Sim no meu caso sim. Antes de tudo procuro deixar em evidência a oralidade e em algumas histórias eu gosto de acrescentar recurso. Levo a contação para dentro da sala de aula e levo para contação experimentos criativos. Arte e Contação são bem enlaçadas, sim.


3.Além de contadora, é enraizada na cultura dos povos que são; diga aos leitores da FIANDEIRA, quais foram as circunstâncias de sua infância, que a conduziram para a Tania Antunes que hoje emociona os pequenos e os adultos.
Minha avó contava histórias de medo de macaco, Malasartes e em casa sempre se fazia festas com violeiro e sanfoneiro. Minha mãe me levava Disquinho, aqueles coloridinhos (gostava bastante, mesmo). Meu pai cantava muito pra mim. São várias as poéticas que podem ter me afetado, Mary Poppins, Jeanne é um gênio. E Dona Emília, uma negra baiana (viva), com suas histórias da mocidade e suas canções.


4.Qual a sensação de seu coração nesse frutífero contato com as crianças, e os ouvintes de suas histórias?
É tremendamente mágico nas diferentes idades. Fico encantada com os olhares. E não só meu coração, mas todo meu corpo fica um sorriso só: Satisfeito, tranquilo.


5.Você está com uma boa agenda no SESI. Viaja sempre com seus grupos?

Estou em dois grupos muito interessantes o Deixa Que Eu Conto e o Bando Arteiros, e através de projetos estamos com uma agenda legal no SESI. 

Bando Arteiros


Grupo Deixa Que Eu Conto


6.Estive no SESI Birigui, no evento LITERATURA VIVA. Trago belas recordações. E você esteve lá, recentemente. Como foi a sua participação? Conte, gentilmente, sobre a sua passagem pela cidade de Birigui.
Quanto a Birigui, gosto muito de lá, é sempre muito bom trabalhar em Birigui e também no SESI em geral.



7.Aprecia, naturalmente, a Literatura Infantil. Tem alguma obra de sua infância que possa ter sido uma contribuição marcante na formação da sua alma poética?
Não tinha livros em casa, pela escola conheci Meu pé de laranja lima, de José Mauro de Vasconcelos, e que me emociona até hoje e me lembro bem que minha mãe lia HQ: Bolota, Brotoeja. Meu pai lia revistas de cinema e fotonovelas. Isso foi marcante.




8.Qual a importância do contador de histórias no surgimento da era tecnológica?
É de grande valia, o contador de história contribui com a preservação da cultura popular, que, nos ajuda a identificar nossa própria identidade e mais questões emocionais. Contrapondo com o lado mais técnico que é o da tecnologia. “Conhece-te a ti mesmo!”


9.Proliferam-se os Festivais de Contadores de Histórias. Isso sinaliza que o Brasil é um país que valoriza, desde que incentivado, os seus artistas? Ou, ainda, seria a firmação de um gosto popular? A que atribui tal proliferação?
Sim vários encontros acontecendo e realmente existe um BUUM sobre o contar e ouvir histórias. Acredito na necessidade afetiva, e essa prática de ouvir e contar histórias faz isso muito bem. Ainda vejo a falta de apoio financeiro.



10.Você tem um grupo. Intitulado “Deixa que eu conto”. Poderia, por favor, nos contar algo sobre ele?
Deixa Que Eu Conto iniciou-se na sala de aula e depois veio o grupo unindo contos e cantigas. Temos dois espetáculos: “histórias Imaginárias” e Histórias de Macaco”, onde tem recursos cênico e musicais. Tenho um trabalho solo com a contação e com oficinas e palestras sobre a Arte de Contar e Ouvir Histórias”.



Tudo é pensado com carinho sem subestimar o ouvinte independente de sua idade.
11.Estudou Artes Plásticas. Exerce a profissão de Pintora? Dedica-se também às Artes Plásticas? Além de ser professora de Artes, certamente.
Não exerço as Artes Plásticas, às vezes brinco apenas.



12.Deixe aqui a sua mensagem final. Qual a sua PALAVRA FIANDEIRA?
Peça licença ao dia, sua história começa ali. Salve, salve.




PALAVRA FIANDEIRA

Publicação digital semanal 
de divulgação literária e artística
Ano 4 —Edição 137
Edição TANIA ANTUNES

PALAVRA FIANDEIRA:
Fundada pelo escritor Marciano Vasques