EDITORIAL

PALAVRA FIANDEIRA é um espaço essencialmente democrático, de liberdade de expressão, onde transitam diversas linguagens e diversos olhares, múltiplos olhares, um plural de opiniões e de dizeres. Aqui a palavra é um pássaro sem fronteiras. Aqui busca-se a difusão da poesia, da literatura e da arte, e a exposição do pensamento contemporâneo em suas diversas manifestações.
Embora obviamente não concorde necessariamente com todas as opiniões emitidas em suas edições, PALAVRA FIANDEIRA afirma-se como um espaço na blogosfera onde a palavra é privilegiada.

domingo, 3 de janeiro de 2010

PALAVRA FIANDEIRA - 8

PALAVRA FIANDEIRA
REVISTA DE LITERATURA
ANO 1 - Nº 8 - 03/JANEIRO/2010



NESTA EDIÇÃO: ROCIO L`AMAR
ENTREVISTA 
ESTHER MORA





UMA FORMA DE SER 
E ESTAR 
EM LITERATURA INFANTIL





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ESTHER MORA: UMA FORMA DE SER E ESTAR EM LITERATURA INFANTIL


Não menos interessante é refletir em um território pouco conhecido. O território da mulher e o papel das mulheres, os efeitos psicossociais e literários e seus impactos, desde ser filha, mãe, avó, através da história. E a tudo isso somamos ESCRITORA, escritora de Literatura Infantil. Medra essa análise sobre a busca de estados alternados de consciência. Esther Mora vive o que difunde e não trabalha pensando em ser complacente em cultuar academicismos, classicismos retumbantes, pelo qual não teme dizer o que pensa nem escrever o que escreve.

Um sonho para adeptos. Adeptos da palavra. Esther Mora compreende a importância da literatura infantil - como aprendizagem - dentro do processo educativo, uma instância de aproximação a uma realidade que é e já fora nossa: a infância. E neste processo de formação da crianç (@) desenha, elabora, constrói propostas literárias/educativas no marco do ensino. Construtiva e participativa. Apreciação e reflexão. Pedagogia. Com todos os obstáculos que se apresentam em nível editorial, econômico, que interferem na vida de um (a) escritor(a) que vive em uma cidade distanciada do parnasso, a capital. Quero dizer, discriminação, paradoxos, considerando que a melhor literatura do Chile teve e tem como plataforma a província (Não esquecer os dois prêmios Nobel de Literatura que o Chile tem).



Os primeiros textos de Literatura Infantil editados no Chile datam do período da instauração da imprensa em 1812. Foram livros de caráter pedagógico e religioso, escritos em sua maioria por sacerdotes espanhóis com o objetivo de educar às crianças chilenas.


Posteriormente, com a passagem de séculos, surgiram novas tendências e autores cuja preocupação central foi educar mediante métodos mais didáticos. Assim, em 1908 veio à tona a primeira revista chilena para crianças. El Peneca, criada pela editora Zig - Zag. Nas décadas seguintes, surgiram outras revistas similares. Além disso, foram publicados os primeiros contos de escritores (as) chilenos (as), entre eles cabe destacar " Aventuras de Juan Esparraguito", ou " El Niño casi legumbre", de Augustin Edwards, um verdadeiro tesouro bibliográfico. Outros precursores foram: Blanca Santa Cruz Ossa, Henriette Morvan (A Daminha Duende) e Ester Cosani, que viria a trabalhar mais tarde com sua filha Beatriz Concha, a quem pessoalmente conheci.


Por essa época vieram escritores (as) mais apegados ao folclore e às traduções populares. Ernesto Montenegro, autor de "Cuentos de mi tio Ventura " (1938) e "Por qué el Petirrojo tiene el pecho rojo". Logo vieram Maité Allamand com seu livro "Alamito el largo" (1950) e Carmen de Alonso, que se inspirou em relatos orais e lendas. Ainda assim, Gabriela Mistral, que compôs poesias dedicadas às crianças, principalmente em suas obras "Tala" e 'Ternura". Posteriormente, outros poetas seguiram essa iniciativa e escreveram poesias para a infância, muitas das quais incluídas em antologias.



Importante passo para a literatura infantil no Chile foi a fundação da IBBY Internacional Board On Books for Young People: organização Internacional para o Livro Infanto- Juvenil, em 1964. Graças a esta entidade, finalmente os escritores podem reunir-se para realizar atividades em conjunto e impulsionar novas publicações.

Por ela, na crença e na certeza da importância da literatura infantil, tanto chilena quando LatinoAmericana, é que convidamos a Esther Mora para abordar, a partir de sua perspectiva de escritora de Literatura Infantil, esta matéria.



1. Que papel, pensa você, cumpre a Literatura Infantil no cultural, social e educativo?



O papel da Literatura Infantil neste momento é mais relevante do que se pensa, pelo seguinte: A tecnologia mudou a forma de viver e repercutiu em nosso hábitos, por exemplo, nos tempos destinados à recreação ou informação, devidos aos diversos estímulos tecnológicos, e influiu também na linguagem escrita juvenil que tende a ser mais breve. Se salvam as vogais. Etc. E o tempo destinado à leitura literária propriamente como tal não existe. Não o alcança, por que além - da falta de interesse - o jovem se acostumou à imagem, ler lhe resulta "mais tarde", aborrecido, significa fixar sua vista em algo que não se está movendo, e como já se acostumou à imagem, torna-se para ele dificultoso concentrar-se.



Entretanto, se tentarmos fomentar a leitura desde a primeira infância, será menos provável que a criança desista de ser um bom leitor posteriormente. Formar o hábito bem cedo, na idade de 4, 5 , 6 anos é o ideal e o que se toma como propósito. Porém, a verdade é que estamos formando um "homo videns". Essa espécie de homem vê muito, mas não pensa. O pensamento fica bloqueado. A menos que venhamos a começar a fomentar a leitura e a escritura, (como fazem os colégios de Concepción,desde o pré, como o como o Kingston College)
A tentativa de ser mais do que um "homo videns" seria o que a literatura infantil pretenderia conseguir nos três âmbitos: Cultural, Social e Educativo. Porém, sejamos realistas: Possui escassos seguidores.

2. Existe uma grande parte da literatura considerada como infantil que permanece em um terreno de ninguém, quero dizer, se acredita que a literatura infantil seja só um ramo da grande literatura. Que opinião tem você? A Literatura Infantil tem suas próprias leis - como assinala Manuel Peña Muñoz, em seu primeiro estudo sobre esta matéria: "História de la literatura Infantil chilena", publicado em 1982 - e pode interessar tanto à criança quanto ao adulto?


Há uma crença de que escrever para crianças é mais fácil do que escrever para adultos. e isso não passa de um preconceito, que pode ser atestado ao se ver quantos poucos escritores estão escrevendo para os pequenos. Talvez vislumbrem que o livro em geral está em decadência, é pouco atrativo diante da avalanche de imagens que mantém as crianças estáticas inibindo-lhes a capacidade imaginativa, lúdica e criadora.
Concordo com o pesquisador e escritor Manuel Peña Muñoz no que se refere a que no princípio havia somente uma literatura, o as crianças se apossaram dos textos para adultos: Gulliver, e vice- versa, Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, eram no princípio para crianças mas foi tomada pelos adultos, dando-lhe diferentes conotações. Evidentemente, que a complexidade de escrever para crianças passa pela simplicidade, a transparência e tem suas leis próprias.

3. Há boa literatura infantil no Chile?

Tenho entendido que a qualidade de uma obra infantil se mede em não cair em moralismos, excesso de pedagogia e didática, tratando de ir mais ao entretenimento e ao voo imaginativo. Nem todas as obras escritas no Chile cumprem esse requisito. Caber agregar que isso as próprias crianças têm que manifestar-se. Na realidade, elas são os juízes nesse tema. Temos que reconhecer que é um terreno difícil capturar a atenção de uma criança, submersa constantemente em filmes estrangeiros e caricaturas absorventes, geralmente de tipo estrangeiro.É uma jornada dupla, falta de hábitos de leitura, predominância da imagem tecnológica, sem nos esquecer-mos custos de um texto.
Diante disso, quem poderá se preocupar de que exista ou não boa literatura infantil? Dão facilidades concretas aos criadores de textos infantis? Há espaços destinados nos colégios para que possam mostrar a sua obra? Existem concursos? Agora, se nos aplicar-mos aos estudos realizados a respeito, dos cento e sessenta anos que tem a "Literatura Infantil" no Chile, uma vida curta em comparação aos países europeus, a nossa tem um vocabulário pobre, lugares comuns e não é capaz de criar empatia com os reais interesses da criança de hoje.


4. Marcela Paz, que com Papelucho tentou instalar-se dentro do mercado dos textos escolares, e livros educativos, pois são usados como materiais didáticos em uma etapa de nossa vida, além do mais, livros plenos de ilustrações para crianças, donde Papelucho tem sido retratado uma e outra vez. A Literatura Infantil do Chile tem um campo de ação muito motivado pelos escritores consolidados. Gabriela Mistral também redigiu importantes textos para crianças, os mesmos que até aos dias de hoje se leem e valorizam de forma positiva, entre outr@s escritores (as). Dito assim, como percebe você a Literatura Infantil que se está escrevendo hoje em dia? Ou está longe de ser tão potente como a pena das escritoras citadas?

Bem, admiro muito a nossa Gabriela Mistral. Penso que há uma parte de sua produção chamada de Literatura Infantil, a que fala de crianças, que está dirigida aos adultos, para valorizar, amar e resgatar a infância que sofre. É mais que nada uma conscientização da injustiça e crueldade que somos capazes enquanto sociedade mal organizada. Isso é o que me diz a mim, por exemplo, o famoso poema "Piececitos de Niños". Ela tinha um pensamento muito claro a respeito. Porém creio que esses poemas os criava sem apontar ou enfatizar injustiças, senão que os criava impulsionada numa empatia com o mundo da infância e essa maternidade intrínseca que carregava. Toda a sua obra "Ternura" nos comunica o imenso amor que desejava tornar pródigas às crianças do Chile, e é, no essencial, um livro que ela desejaria ter lido em sua própria infância, segundo se manifestou.
Quanto à Marcela Paz, aqui começa uma etapa mais lúdica e que se identifica com o ser criança no Chile da classe média alta, com uma babá, casas grandes, etc.


Cabe mencionar o livro das perguntas de Pablo Neruda e suas Odes elementares, que também são dirigidas às crianças.

De tal modo que foram feitas grandes obras literário- infantil, porém a criação continua e com muitos bons autores. Podemos relacionar alguns:Ana María Güiraldes,Saúl Scholnik, Alicia Morel, Hernán del Solar. Não podemos deixar de fora a Marta Brunet e a María Luisa Bombal, ambas escritoras relevantes, e seguramente, muitas outras que desconhecemos se estão gestando.

É um desafio cada vez maior tirar as crianças da TV, tanto para que leiam como para que brinquem. Por tudo isto, temo que as mais potentes penas que existam só serão avaliadas, como sempre, por esse grande juiz que é o tempo, conjuntamente com os próprios leitores.

5. Faz um tempo que se criou a Feira do Livro Infantil para se difundir obras, e, por outro lado, o Conselho do Livro e a Leitura tem estimulado o gênero através de concursos e prêmios às melhores obras infantis. Quais novos escritores, em nível nacional, poderia assinalar você, em novos estilos e tendências que estejam a si próprios fornecendo-se à literatura infantil, e quem, em sua opinião, em nível regional, também está sugerindo diversas linhas de trabalho no campo da literatura infantil chilena?

A feira se realiza em Santiago, por ser de província. Não tenho muitas possibilidades de viajar e observar o que se está editando na atualidade. Com relação à sua pergunta, já citei os autores que considero relevantes atualmente, desconheço outros mais recentes que se dediquem a escrever especificamente para a infância. Não estou conectada ainda com essas redes, sobre as quais não me cabe dúvida, foram gestada graças ao poder da Internet.


6- Conte-nos, Esther Mora, até onde se orientam seus relatos: fadas, duendes, mitos, ou ressalta a vida das crianças na atualidade?
 Tudo procede de uma bagagem guardada numa distante infância da autora, donde ansiava intensamente que lhe contassem e não havia pessoas dispostas. E desejava que lhe falassem desses duendes que vivem sob a terra como verdade demonstrada e absoluta.
Meus contos falam do que não vemos, nós, os adultos,  mas, sim, veem as crianças: as fadas, os duendes. Também os animais, todo o zoológico ao meu alcance. E essas crianças que sofrem abandono por causa do incessante trabalho dos pais. E também tratam dos pequerruchos que se agitam e se irritam ao serem levados ao doutor, uma gente desconhecida,  que os manuseiam com as mãos (Vivências de um bebê), e uma bruxa preocupada com o meio ambiente que habita em Kosmito , e das crianças que desejam resgatar os jogos infantis de outrora. Além disso, estou me orientando às fontes, à capacidade das mesmas crianças de criar, e para além apontamos. Criar com elas, penso, deve ser uma experiência imperdível hoje.




BIOGRAFIA

Esther Mora nasceu em Santiago do Chile, viveu sua infância e adolescência em Talcahuano. Estudou no INCOTAL (Instituto comercial de Talcahuano). Logo realizou estudos de Pedagogia na Universidade Católica, sede Talcahuano, e Sociologia na Universidade de Concepción.


Publicou:

“Chiloé y el Olvido”, 1992 (1era Edic.),1993 (2da Edic.)1998 (3era Edic.).
“El Duende Donde”, 1998, Guión Infantil, Ediciones ARTEMISA.
“La Reina de Miel”, 2000, Ediciones ARTEMISA.
“Vivencias de un Bebé”, 2005, Ediciones ARTEMISA.
“El Tomate Tímido”, 2008, adivinanzas, Ediciones ARTEMISA.
“A partir de un Haiku”, 2008, obra minimalista, Ediciones ARTEMISA.
“El Sofá color pistacho”, 2009, novela breve, Ediciones ARTEMISA.
“De Poemas en el Café”, 2009, Ediciones ARTEMISA.

Prêmios e distinções:

V Concurso de Poesia “Vicente Huidobro”, Soc. de Escritores Jovens de Linares. Segundo Lugar, Outubro 1993.

*Primeiro Concurso Regional de Contos “Dolores Pincheira”, 1994, SECH, Menção Honrosa, Concepción, 1994.

*Obtem o Fondart Nacional para publicar a revista ARTEMISA Nº 5 e 6, ano 2007.


Gestão Cultural:

-Noite Furtiva, encontro artístico de poetas locais, Centro Artístico Cultural Comunal de Concepción - 2006.

•Tertúlias à sorte da onda, Centro Artístico Cultural Comunal de Concepción - 2007.


Poesia à Candola- Centro Cultural Artefacto - Julho 2008.
Centro Espanhol "Poetas del Bío Bío" - Março 2009.
Exposição Livros e Charlas, Biblioteca Central Universidad de Concepción/Escritores Independentes. Mês do Libro - Abril 2009.
•Criadora e difusora da revista ARTEMISA.


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A GATINHA FIDELMA


Como toda gatinha, seu olhar era suave e seu passo elástico e silencioso. Gostava de almoçar berinjela com creme ou bem papas com amêndoas e nozes.
Passava muito tempo preocupada com sua roupa. Que iria vestir? E se avistava a uma outra gatinha com um formoso vestido, imediatamente ia ao Shopping Center e buscava um igual. Logo lhe aborrecia tudo o que ela tinha e achava que aquele que tinha suas amigas gatinhas era melhor. Um mal dia, o papai da gatinha Fidelma não mais recebeu dinheiro visto que seu trabalho havia terminado. Seus pratos favoritos não se cozinhavam mais e tampouco poderia comprar vestidos novos.
Tempos depois, Fidelma não era a mesma gatinha caprichosa e presunçosa

As dificuldades vividas a transformaram notavelmente. Olhava ao seu redor com mais carinho e bondade e com menos apego aos objetos. Quando seu pai encontrou um novo trabalho, ela ficou mais feliz do que se tivesse um vestido de pérolas com luzes de ouro.

Desde esse dia, abandonou esse hábito de invejar aos demais e valorizou muitíssimo tudo o que lhe podiam oferecer seus queridos pais.

Compartilhou suas coisas com os que passavam momentos difíceis, que ela tão bem conhecia. E se empenhou em ser diferente e mais simples. A mudança de Fidelma foi para ser uma melhor pessoa. Verdade, crianças? E vocês, agradecem aos seus pais seus cuidados?


A RAINHA DO MEL

Era formosa, os olhos de mel e a voz açucarada. Os cabelos lhe caíam em suaves cachoeiras prateadas, outorgando-lhe um majestoso aspecto, uma áurea de rainha.
Sua diária tarefa consistia em reforçar ou ajudar as demais abelhinhas a sugar o néctar das flores. Campanulas azuis e florizaleias. Assim ocorria todos os dias, até que se desenhou no céu uma nuvem ameaçadora precedida por um ruido atemorizante. Ao divisá - las, as abelhinhas reconheceram aos seus sempre inimigos, os besouros. Eles devastariam em poucos segundos todo o plantio de flores silvestres.
As abelhas se ocultaram no solo sem respirar, mas a rainha do mel enfrentou a ameaça - Stop! Stop! - disse. Desviem - se da rota ou sentirão ferroadas tão fortes no lombo, que morrerão de febre.
O líder dos besouros tão orgulhosamente franziu a carranca e não deu maior atenção à advertência - São umas estúpidas! - pensou. Os covardes podem retirar-se das filas -  rosnou o besouro chefe. Voavam sob o céu e começaram a descer sobre o campo repleto de flores e abelhas.
Produziu-se uma batalha grandiosa e em meio ao tumulto, a rainha do mel se encontrou face a face com o chefe dos escaravelhos. Ocorreu que no coração duro, insípido e sempre frio deste, operou-se uma inesperada transformação tão logo contemplou o doce olhar da rainha. Sua distração atingiu a tal ponto que não foi capaz de confirmar a ordem de arrasar o campo.

No céu abriu-se uma luz claríssima e branca como nata de leite e em vez da balbúrdia própria de uma batalha, ouviu-se uma música melodiosa e romântica que seguramente vinha dos anjos celestes que chegaram justo a tempo de impedir a destruição a qual cairiam as abelhas e as flores campais.

O besouro pousou seus olhos na formosa rainha do mel, que também havia sentido a força do amor, que não destrói, ao contrário, cria mais vida.
Por essa vez, as abelhas e as flores se salvaram e ninguém teria que chorar por elas.
Assim, amiguinhos, o mel que lhes serve no café da manhã, traz escondido uma história de amor que é esta. A maior, de um amor, que é doçura.


Rocío L´amar é correspondente de PALAVRA FIANDEIRA no Chile

Tradução para o Português: MARCIANO VASQUES

19 comentários:

  1. Estimado Marciano, en nombre de Esther Mora agradezco el trabajo de traducción que has hecho de su entrevista. También felicitarte porque no es fácil interpretar en otro idioma -en este caso portugués- las ideas y pensamientos de los autores y sus obras. Gracias por ayudarme a difundir la literatura chilena. TQM, Rocío

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  2. Parabéns ....a Revista está ótima
    abraços

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  3. Estimados amigos de la literatura.
    Agradezco mucho el gran trabajo de traducción al señor Marciano Vásques. Este es una atención muy grande para mi, muchos saludos y envío toda la buena suerte para este año que comienza.
    Al señor Eduardo Masculino por su opinión favorable, también le agradezco mucho.
    Muchas gracias a la escritora y gestora Rocío L'AMAR amiga incansable de las lides literarias y que no abandona el intento de abrazar a los niños por medio de los cuentos. Cariños.

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  4. la niña que aún habita en mí, estimada Esther, te abraza afectuosamente, Rocío

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  5. La literarura infantil ha sido mirada como entretenimiento por mucchos, pero es una fuente inagotables de conocimiento.

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  6. Fiandeiras são as mágicas mulheres, pessoas em geral, que escrevem para crianças, que lêem para crianças, que sabem do extremo valor dessa ponte entre a solidão da criança e a doação que há numa história infantil.
    O que me cabe hoje, é chantagear meus netos.
    Só ganham um dinheirinho se lerem 1 livro.
    Se é pedagógico não me interessa - a mim, interessa que leiam.
    Mas no Chile, a mentalidade é outra, mais centrada, menos "ôba ôba" como infelizmente no Brasil.
    Temos uma excelente safra na literatura infantil mas temos adultos acomodados que criam os filhos como autômatos - é a média.
    Obrigada.

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  7. Felicitaciones Esther por la entrevista de Rocío, por tu aporte en las letras infantiles con tus maravillosos libros que me han servido en mi quehacer de cuentacuentos.

    El fomento lector infantil es de gran importancia en los pequeños, debido que estimula y forma el gusto estético, aprendizaje educacional, lenguaje, etc.

    la magia de escuchar un cuento y adentrarse en ese mundo lúdico y encantado es una experiencia mágica que quedará por siempre en la retina del niño...

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  8. Amiga escritora, mi fuente-vasija, oído de greda, desde Concepción van volando vientos fresquitos de verano a esa tierra atacameña, gracias por tu estimulante comentario.

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  9. Estimad@ b.
    He quedado muy impresionada por su opinión, que he logrado traducir, lo tendré muy en cuenta en cada charla, taller o evento en que participe, dado que es muy importante lo que usted plantea referente a la educación a medias, la educación para autómatas que estamos entregando hoy. No creo que sea solo un problema de BRASIL. Muchas gracias y como dicen ustedes más bonito: obrigada,
    la saluda su amiga aída esther

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  10. Exelente entrevista Esther, esperamos tenerla pronto en algun cuenta cuentos en Vallenar.
    Saludos.leo.

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  11. Gracias Leo, intentaré hacer lo que me pide. Especialmente en la entidad que Ud. dirige, si eso motiva a leer y a que adquieran algunos libros la actividad se hace si o si.

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  12. Amigos,
    Fico feliz ao ver que, além de difundir a literatura, PALAVRA FIANDEIRA está se tornando um espaço de debates entre os comentaristas. Obrigado pela participação e pelos comentários. Um dos objetivos de PALAVRA FIANDEIRA é a aproximação entre poetas, artistas e amantes da arte e da Literatura. Abraços em todos,
    Marciano Vasques

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  13. Liberache,
    Eu que agradeço a sua presença. É atenciosa e isso é um precioso tesouro atualmente. E fico feliz ao ver que PALAVRA FIANDEIRA está se tornando um espaço de aproximação entre as pessoas e edificando amigos,
    Tchau, abraços, muito obrigado.
    Marciano Vasques

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  14. Marciano,
    es una gran alegría encontrar un mensaje del Director de PALAVRA FIANDEIRA, si la literatura sirve para unir los pueblos, vamos bien.
    Le envío mis saludos más cordiales,
    Aída Esther

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  15. Exactamente la literatura infantil debiera ser de vital importancia, imaginar es ver, y eso puede marcarnos para el resto de nuestras vidas. Nuestro futuro puede estar en juego al comprender ciertas cosas elementales que ya luego se quedan en nuestro inconsciente. La ética en la educación es muy importante, cosa distinta a la moral impuesta por una sociedad, hablamos de lecciones de amor y respeto por el prójimo y la naturaleza. Felicitaciones Esther muy bella labor, un abrazo.

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  16. Exactamente la literatura infantil debiera ser de vital importancia, imaginar es ver, y eso puede marcarnos para el resto de nuestras vidas. Nuestro futuro puede estar en juego al comprender ciertas cosas elementales que ya luego se quedan en nuestro inconsciente. La ética en la educación es muy importante, cosa distinta a la moral impuesta por una sociedad, hablamos de lecciones de amor y respeto por el prójimo y la naturaleza. Felicitaciones Esther muy bella labor, un abrazo.

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  17. lxbalanqué.
    te agradezco mucho el comentario, ojalá pudiéramos unir más gente para trabajar en común por los niños, sino hay que hacerlo a nivel individual solamente o a través de páginas como esta de Marciano con Palavra Fiandeira y Casa Azul de la Literatura y el Salón de Entrevistas de Rocío L´amar.
    saludos fraternos

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  18. Contente estou por ver que PALAVRA FIANDEIRA, e também CASA AZUL DA LITERATURA, estão se tornando espaços de intercâmbio cultural entre as pessoas, que estão, aos poucos, transformando essa espaço de comentários num fórum de discussões sobre a Literatura, a Poesia, e a Literatura Infantil. Isso é para mim intensamente gratificante, e Parabéns, Liberache, pelo comparecimento e a pela participação. Sinto profunda admiração pelo trabalho desenvolvido por Rocío L`Amar
    Marciano Vasques

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  19. Estimado Marciano.
    Coincido con Ud. en cuanto a que este puente ha ocurrido gracias a la incansable trabajadora por el arte Rocío L´amar.
    con cariñosos saludos se despide

    Aída Esther

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