EDITORIAL

PALAVRA FIANDEIRA é um espaço essencialmente democrático, de liberdade de expressão, onde transitam diversas linguagens e diversos olhares, múltiplos olhares, um plural de opiniões e de dizeres. Aqui a palavra é um pássaro sem fronteiras. Aqui busca-se a difusão da poesia, da literatura e da arte, e a exposição do pensamento contemporâneo em suas diversas manifestações.
Embora obviamente não concorde necessariamente com todas as opiniões emitidas em suas edições, PALAVRA FIANDEIRA afirma-se como um espaço na blogosfera onde a palavra é privilegiada.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

PALAVRA FIANDEIRA — 54

PALAVRA FIANDEIRA
REVISTA DE LITERATURA
REVISTA LITERÁRIA DIGITAL
EDIÇÃO 54
ANO 2 — 13/FEVEREIRO/2011


NESTA EDIÇÃO:

EDSON GABRIEL GARCIA

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EDSON GABRIEL GARCIA

Entrevistado por Marciano Vasques

1.Quem é Edson Gabriel Garcia?

Um cara simples, desapegado de coisas materiais, jeito de interiorano ainda preservado, responsável e apaixonado por seus trabalhos. Um lema: gostar de gostar de gente.
Uma pessoa que sonha muito com um país mais decente e mais justo socialmente.
Aos 61 anos, dói saber que a vida passa tão depressa.

2. Sua apaixonante carreira como educador transcreveu um arco de professor à diretor de escola. Pode nos rememorar esse período e essa trajetória? Incluindo, claro, o seu significado pessoal.

Durante muito tempo trabalhei em escolas públicas. Também trabalhei em projetos de formação de professores, de reorientação curricular e assessoria pedagógica. Conheço muito o cotidiano de nossas escolas, por isso estou sempre pronto para defender as escolas e os educadores das críticas, muitas vezes injustas, que são feitas às escolas por quem não conhece o seu cotidiano. Ter sido professor, diretor de escola e coordenador de projetos institucionais é um pedaço gostoso de minha vida, uma lembrança que me faz feliz e da qual tenho orgulho. Por onde passei deixei amigos, fãs, parceiros e um trabalho sempre lembrado. Além, claro, da convivência sempre deliciosa com crianças e jovens, farto cenário para os meus escritos literários. A rigor, ainda não sei se fui um educador que se aproveitava do prazer literário ou se sou um escritor que se construiu dentro dos muros das escolas. De qualquer forma, foi um período marcante e teve um significado especial na minha trajetória.

3. Pode afirmar que a sua experiência e aprendizado na Educação está intimamente vinculada com a sua literatura? De que modo isso mais transparece?

Sim. Tomando o termo literatura como sinônimo de “escritos”, o exemplo melhor disso são as coleções didáticas ou paradidáticas que escrevo. Todas com incrível aceitação na escola. Por outro lado, numa concepção mais específica de literatura, muitos dos meus livros de ficção foram escritos a partir do cotidiano das crianças e jovens escolares. O ambiente escolar reproduz com intensidade a vida como ela é: sentimentos, relações, aprendizagens, grupos, etc...

4. Relendo alguns de seus contos, fica a impressão de que realmente está escrevendo para os alunos adolescentes. Isso confere?

Confere. Este é meu público. É difícil escrever para essa faixa etária, mas é muito bom buscar esse público.

5. O primeiro livro que li de sua autoria foi um chamado Tantas Historias no Escurinho da Escola. Apaixonei-me pela leveza do estilo saboroso. Poderia falar sobre esse livro?



 Esse livro faz parte de uma coleção chamada Tantas Histórias. É uma coleção que brinca com a metalinguagem. Além disso, cada um dos livros da coleção tem marcas próprias de uma história enquanto objeto (marcas de sol, marcas de dedos sujos, orelhas, pequenos rasgados, rabiscos, etc). Uma brincadeira com o livro “objeto”, uma história paralela do livro, independente da história ali escrita. A história do Escurinho da Escola é uma deliciosa brincadeira com os contos de fadas. Imagine, à noite, numa sala de leitura fechada, nenhum adulto por perto, as personagens dos contos de fadas criam vida própria, saem dos livros e...

6. Quando li o seu primeiro livro, estava na Cidade Tiradentes. Eu atuava como Professor Orientador de Sala de Leitura. Também viveu essa experiência? Poderia nos falar sobre esse acontecimento em sua vida?

Nunca fui orientador de sala de leitura, embora tenha ajudado a consolidar essa função na secretaria de educação de São Paulo e em vários outros programas de incentivo à leitura. Entre 83 e 85, coordenei uma equipe que praticamente definiu o Programa de Salas de Leitura das Escolas Municipais de São Paulo. Demos a cara da sala de leitura e a identidade do orientador da sala de leitura que ainda predominam hoje. É uma das experiências que mais me emociona lembrar, pelo alcance do programa, pela qualidade do trabalho e pela longevidade – até hoje, quase trinta anos depois, o programa de salas de leitura continua firme e forte, sem que nenhum prefeito ou secretário de educação tenha ousado desmontá-lo.

7. Grupo de jovens que passam uma noite acampados na escola e outras situações fazem parte dos cenários e das aventuras de seus personagens. Certamente foi no universo escolar que recolheu a inspiração para esses textos. Conte, por gentileza, um pouco ou algo mais dessa história, sobre a qual já deve ter falado na questão 3.

A idéia básica é essa mesma: uma turma de crianças vai acantonar em sua escola. E à noite, enquanto todos dormem, um dos meninos, sem sono, “saracoteia” pela escola, indo parar na sala de leitura onde muitas coisas acontecem...coisas que somente muita imaginação permitem pensar...

8. O que foi o projeto ou a coletânea "Sete faces do Amor"?

A coleção Sete Faces foi concebida por uma colega nossa, a Márcia Kupstas. Cada um dos muitos livros dessa coleção abordava um tema da literatura. Sete autores distintos escreviam, criando ou adaptando, uma das faces do livro. Eu participei de dois desses livros: Sete Faces do Amor e Sete Faces do Destino. Uma idéia muito boa, vendeu muito e encantou leitores. Extremamente bem feita. Não sei porque saiu do ar.

9. Participa hoje de uma Associação de Autores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil. Pode nos expor a experiência numa entidade de classe e qual o significado para os autores a existência de tal organização?

Sou sócio da AEILIJ desde o início, como sócio fundador. Também fui um dos fundadores da APLIJ – já extinta – de vida curta, nos idos dos anos finais da década de oitenta e início da de noventa. Acho muito interessante a existência de uma associação desse porte. Penso que a razão fundamental de uma associação como essa seja a de organizar os seus associados no exercício de sua função profissional, que é escrever e ilustrar. Fora disso é fazer política pública, ser braço auxiliar dos programas de governo, tarefas importantes, mas não da essência de uma associação de profissionais.

10. Conte ao leitor a sua experiência e trajetória com os livros didáticos.

Eu trabalhei muito tempo como especialista no ensino da Língua Portuguesa. Fui um dos primeiros a batalhar pela inclusão pra valer da leitura e da escrita como atividades essenciais do ensino da Língua Portuguesa, isso em uma época que o ensino da gramática era sinônimo de ensino de língua. Em razão disso, depois de ter dado tantos cursos e palestras, achei que era hora de por em prática algumas das ideias que sugeria aos professores. Tínhamos acabado de sair do governo da Erundina, o Paulo Freire como secretário da educação, muitas coisas na cabeça. Daí nasceu, com um amigo e parceiro, o Antonio Gil Neto, a coleção Nova Expressão, para as séries iniciais do ensino fundamental. Trabalho difícil, mas com bom resultado. Entramos nos programas do governo federal e vendemos muitos livros. Valeu. Depois não quis mais saber de livro didático. Fiquei no meio do caminho: nos paradidáticos.

11. Como pode o adulto se valer da Literatura Infantil para educar os seus pequenos sem transformar o livro numa chatice pedagógica ou didática, com ensinamentos morais, etc?

Vamos combinar uma coisa: educar, tudo educa. Qualquer livro, qualquer texto, qualquer diálogo. Educa-se pela literatura, pelo didático, pela bula, pela cartilha...a vida é educação permanente. O que diferencia é a intenção didática mais ou menos presente nos textos/suportes/livros. Ninguém escreve no vazio de significações. Todo texto é contextualizado, tem referências, postura ideológica, etc. Então é bobagem ignorar isso. No entanto, creio que devemos considerar que há livros diferentes e intenções diferentes. Por exemplo, eu escrevo muita coisa com o objetivo específico de ensinar conceitos, de discutir comportamentos, etc. Aquilo que alguns chamam preconceituosamente de politicamente correto (aliás, é bom lembrar que o Monteiro Lobato já fazia isso. Leia Emília no País da Gramática e você verá), pode ser escrito de modo interessante e gostoso e ser lido com prazer por crianças e jovens. É possível, portanto, ensinar, pelo livro, pela leitura, sem a chatice que você lembra.

12. O universo da blogosfera ainda não compete com as letras impressas no papel, devido à confiabilidade sedimentada durante séculos pela imprensa escrita no formato tradicional. Mas, a cada ano se alastra as possibilidades do blog. Acompanha esse movimento?

Acompanho. A meia boca. Ainda não tenho o meu blog, meu site ficou no meio do caminho. Colaboro com alguns blogs, acompanho vários, fuço muito em sites alheios, mas deixo a desejar na minha história. Um dia, uma hora, quem sabe...


13. Tem centenas e centenas e centenas de poetas no mundo da Internet, de modo que podemos dizer que o movimento literário alternativo da década de oitenta hoje se reproduz com a vantagem dos recursos que só a tecnologia pode ofertar. Como vê essa proliferação de poetas?

Meu caro Marciano Vasques: há centenas de milhares de tudo. De comentarista, de jornalista, de prosadores, de contistas, de ilustradores, de poetas... Acho que é assim mesmo. Sempre foi. Antes ninguém sabia. Hoje, todo mundo se esconde no anonimato da grande blogosfera, cria coragem e mostra sua cara. Não tenho a menor idéia no que vai dar isso... Antes podíamos dizer “ Só Deus sabe!”. Hoje, nem isso podemos afirmar. Acho que até Deus perdeu o controle.


14. O governo brasileiro compra livros, mas falta algo para aprimorar ou até fincar o gosto pela leitura, inclusive entre pessoas que trabalham no campo educacional. Tem alguma sugestão?



Tenho muitas sugestões. A mais importante delas é incentivar os educadores para que eles sejam sujeitos do seu processo, da escolha dos livros, da montagem do programa. Enquanto meia dúzia de iluminados (bem pagos) continuarem escolhendo os livros para os outros lerem, a coisa fica difícil. Descentralizar a escolha, a compra. Viabilizar recursos para montagem de projetos e programas de incentivo à leitura. Dar verdadeiramente melhores condições de trabalho. Melhorar a formação dos educadores... e vai por aí.


15. Já escreveu um romance? Sonha com isso ou pelo menos já pensou nessa possibilidade?

Para adultos ainda não escrevi um romance, no sentido tradicional da palavra. Já escrevi alguns pequenos romances para jovens. Não sonho com isso, nem tenho projeto para tal empreitada no momento. Talvez um dia escrever minha trajetória pessoal, de forma romanceada. Quem sabe?

16. Tem algum livro que poderia citar, que tenha causado em você uma profunda impressão e cuja leitura possa ter influenciado de algum modo a sua vida?

Tem livros que eu li e gostei muito. Não a ponto de causar profunda impressão e ter mudado minha vida. Minha vida pessoal e profissional é muito plana, previsível. Nenhuma grande mudança. A não ser uma separação dolorosa de um casamento de trinta anos. Sofri muito. E mudou um pouco minha vida. E não foi nenhum livro o responsável por isso. Nem o destino. O próprio caminho.
Livros que li e gostei muito??? São tantos...Capitães d’Areia, Autobiografia Precoce, Melhores contos de Machado de Assis, Cem Anos de Solidão, A Casa dos Espíritos, Poemas do Drummond, do Bandeira e do JCMN, Onde andará Dulce Veiga?, Incidente em Antares... e vai por aí...


17. Tem algum livro, de qualquer autor, clássico ou contemporâneo, que possa ser considerado o livro que você gostaria de ter escrito?

Assim de bate - pronto: Contos de Eva Luna, da Isabel Allende. Pode ser que amanhã o escolhido seja outro. E depois de amanhã, outro... e outro... são tantos!


18. A noção de Direitos Autorais se avizinha numa transformação proporcionada e impulsionada pelo avanço tecnológico. Tem um parecer sobre essa questão?

Penso que as coisas todas mudam e as últimas gerações, nós aí incluídos, vivemos em meio a transformações rápidas demais, principalmente na questão tecnológica. O suporte, a democratização do acesso, a transmissão, etc. tudo muda muito rapidamente. Mas o direito à autoria é e sempre será um direito inalienável. É o direito ao recebimento pelo trabalho, como qualquer outro trabalhador. E disso, por enquanto ainda não abri mão. Por enquanto, daqui a pouco não sei... a conversa continua.



19. Já escrevi sobre o livro "Amoreco": Um volume com deliciosas histórias com sabor de chuva e coração acelerado. Fale da gratificação desse livro em sua carreira literária.



AMORECO é um livro muito querido. Gosto muito das histórias, dos pequenos contos ali registrados. São contos que tratam da descoberta – para o bem e para o mal – das coisas do amor pelos pequenos leitores e pequenas leitoras. Aquela sensação diante do desconhecido que todos nós sentimos em algum momento na vida, lá nos anos da doce passagem da infância para a mocidade. São pequeninas histórias do cotidiano de meninos e meninas às voltas com o ensaio e a espera pelo beijo, com as tentativas de escrita do bilhetinho, da escolha da declaração, com a surpresa da traição – que bicho é esse?. Tudo isso, em meio às brincadeiras ainda infantis.
AMORECO também me é particularmente querido pois as ilustrações foram feitas pelo meu filho Kiko. Um livro querido que já rodou o mundo, com sua edição em espanhol, AMORCITO, e já fez parte de muitos programas de leitura.


20. De um modo geral, vale a pena ser escritor no Brasil?



Vale a pensa ser escritor no Brasil e, creio, em qualquer lugar do mundo. Adoro escrever. Não fico um dia sem escrever.
Escrever me reanima, me ilumina, me faz pensar o mundo, me ajuda a entender as pessoas e eu mesmo, me gratifica, me faz mais parceiro das pessoas, me reequilibra, me faz mais feliz...
Escrever é passar a vida a limpo.
Depois de tudo isso, escrever profissionalmente, ver os livros lidos, divulgados, comprados, adotados... é também muito gostoso e interessante.
Enfim... escrever, aqui, ali ou acolá é uma delícia.
PS. Os problemas relativos à publicação, vendas, prestação de contas, contratos, etc. são muitos, mas creio que fazem parte do ofício. E a gente vai levando e melhorando isso tudo.

21. Uma sociedade saudável, em termos mentais, de um modo geral, prestaria mais atenção em seus escritores, e em seus professores. Entretanto, assistimos ao desmanche dos valores essenciais na sociedade. De que forma a Literatura e a Educação poderiam reverter essa circunstância?

Literatura e Educação têm muito a ver com a construção de uma sociedade socialmente mais justa, democrática e saudável. Não é à toa que quando o regime aperta educadores e escritores são os primeiros a serem perseguidos, expulsos, exilados, presos, etc.
Educação e Literatura se completam. E podem cumprir uma trajetória especial nessa direção. Desde que, devidamente valorizadas. E não é o que vem acontecendo em nosso país. Mas a gente é daquele tipo que acredita e segue na luta...

22. Dentro de pouco tempo a obra de Monteiro Lobato será de Domínio Público. O que pensa sobre isso?

Dentro das regras atuais, acho legal. Mas sempre me questiono se uma obra de autoria deve ser de domínio público. Não sei... Talvez esticar um pouco mais o tempo. Ou talvez deixar a critério de cada autor. Fico devendo uma posição mais incisiva.

23. Acompanha o trabalho de seus parceiros? Tem tempo para ler um livro de algum de seus contemporâneos?

Acompanho e muito. Estou sempre lendo. Claro, não na quantidade que gostaria. Até porque leio um pouco de tudo e tenho cá minhas preferências.

24. Acredita que livros como os de Harry Potter ou os de Paulo Coelho possam de fato proporcionar uma contribuição com a disseminação do gosto e do hábito da leitura?

Acho que a questão da formação de leitores é um pouco mais complexa do que uma resposta a sua pergunta possa contemplar. Em princípio, a resposta é: sim. Qualquer livro lido é um pontapé inicial, um passo para uma caminhada, mas somente a leitura de um desses autores ou de outro qualquer não formará leitores. Ser leitor pressupõe uma caminhada mais sólida, mais definida, mais bem preparada, etc.


25. Também escreve poemas? Poderia nos comentar sobre essa modalidade de Literatura? É hoje a Poesia necessária? Por quê?

Adoro ler e escrever poemas. Poemas para ler, eu escolho com muito critério, pois não acho que palavras amontoadas em frases possam ser poemas. Há muita confusão nesse sentido, principalmente das pessoas mais novas. Talvez por isso o mercado, não reconhecendo tanto qualidade na produção poética contemporânea, se recuse a publicar obras poéticas. Há alguma coisa boa publicada, mas escondida, mal divulgada. Para mim, os grandes poetas ainda são os mesmos de ontem: Drummond, Bandeira, João Cabral de Melo Neto, Mário Quintana, Cecília Meireles. Do povo mais novo, gosto muito das coisas que a Adélia Prado escreve. E de uma amiga minha, Dulce Adorno, ainda inédita.
Eu escrevo poucos poemas. Minha arte não é tão engenhosa neste pedaço. Mas arrisco alguma coisa e... tenho publicado. Ainda recentemente fiz um punhado de poemas para São Paulo, sua gente, sua vida, seus lugares. Inédito, guardado para mim.
A leitura de poesia (de bons poemas) é um combustível necessário para quem escreve, para quem gosta de ver as coisas por outro lado, para quem se acostumou com a beleza dos arranjos palavrados. A arte poética tem a necessária função de re-figurar a vida.



26. Tem alguma pergunta que não foi feita e que gostaria muito de fazer ao Edson Gabriel?



Foram tantas (e boas) as perguntas...
Acho que ficou faltando, mas fica para outra PALAVRA FIANDEIRA, conversarmos sobre as razões da escrita, sobre as ações centralizadas do governo na compra de livros, sobre selecionadores de livros, sobre atuação da escola, sobre direitos autorais pagos, etc..
Este dedo de prosa fica para outra PALAVRA FIANDEIRA...


26. Que palavras e que mensagem deixaria aos leitores de PALAVRA FIANDEIRA?

Coisinha à toa: ler e escrever são dois ingredientes fundamentais da vida. Leia e viva. Leia e escreva!

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PALAVRA FIANDEIRA — 
Fundada pelo escritor Marciano Vasques

 Montagem artística de Rocío L'Amar

2 comentários:

  1. interesante la vida de Edson... felicitaciones Marciano, un agrado conocer a tus invitados, bss, Ro

    ah, y veo que te gustó la foto... a mí también

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