PALAVRA FIANDEIRA
REVISTA LITERÁRIA
ANO 2 - Nº 47 - 05/12/2010
NESTA EDIÇÃO:
Diretamente de Portugal
EDGAR SEMEDO
Entrevista de Carmen Ezequiel
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SOMBRAS COMUNS…
ENTREVISTA A EDGAR SEMEDO
Por Carmen Ezequiel, em exclusivo para o PALAVRA FIANDEIRA
“Eu ainda não sei o que sou, sei o que tenho, mas quem sou é algo que permanece e permanecerá sempre incógnito.”
“Eu não tenho a consciência do certo, por outro lado vou-me alegrando com a consciência do errado através da dor que este provoca em mim.”
Edgar Semedo
Sombras Comuns enche-se de luz com a hiperatividade das palavras e “confissões” de Edgar.
Natural de Nisa, conselho e distrito de Portalegre, é em Samora Correia que tem “tido contato com pequenos anjos que apesar das suas problemáticas e/ou incapacidades me têm dado lições de vida do tamanho do mundo”, refere.
Sem interessar o que faz, como faz e porque o faz, interessa-nos o que diz… a sua maneira de se relacionar conosco.
Aqui, falamos com um professor, um aluno ou um homem.
Aqui e agora, vos apresento Edgar José Marques Semedo.
Carmen Ezequiel (PALAVRA FIANDEIRA) – Define-te em três linhas. Quem é Edgar Semedo?
Edgar Semedo – Hoje escreveria que Edgar Semedo é quase um hiperativo, de má relação com o mundo, envergonhado, sonhador, amigo das palavras, com medo da morte, hipocondríaco, não gosta de se relacionar mas quando o faz é intensamente. Pelo menos, gosta de pensar que sim.
CE – De acordo com a ciência de Vico, “a filosofia contempla a razão, donde provém a ciência do verdadeiro, a filologia observa a autoridade do arbítrio humano, donde provém a consciência do certo”. Achas que estás dividido entre as duas, ou os teus textos são meras “invenções e outros devaneios”?
ES – Eu não tenho consciência do certo, por outro lado vou-me alegrando com a consciência do errado através da dor que este provoca em mim. Mas penso, também, que essa consciência do erro me pode levar ao lugar do certo. Esta forma de estar, penso que se situa mais ao nível da autoridade do arbítrio humano, pois uma ou outra ação sobre a realidade se pode catalogar em certa ou errada. Cabe-me a mim, enquanto humano, decidir o que faço em função dessa certeza ou erro.
“I´m selfish, impatient and a little insecure. I make mistakes, I’ am out of control and at times hard to handle. But if you can’t handle me at my worst, then you sure as hell don’t deserve me at my best” Marilyn Monroe
(Sou egoísta, impaciente e um pouco insegura. Faço asneiras, por vezes perco o controlo e sou difícil de aguentar. Mas se tu não consegues aguentar com o meu pior, certamente que não mereces o meu melhor.)
CE – Esta é uma daquelas frases intemporais e que me parece ser aplicada a qualquer pessoa. Qual é o teu pior e o teu melhor?
ES – O pior é o fato de ser rabugento e inconstante, melancólico e povoado de uma tristeza e frio interior incalculável.
Quanto ao melhor não consigo fazer essa análise de mim próprio de forma imparcial mas admiro a minha vontade de não me conformar às situações.
CE – O teu blogue (http://edgarsemedo.blogspot.com), convida-nos a viajar, divagar, sonhar, visualizar, amar, odiar, chorar, rir ou gritar…, por tudo aquilo que dizes ser “palavras minhas”. És um contador de histórias?
ES – Não acredito ser um contador de histórias. Falta-me ainda uma certa maturidade para contar as histórias de forma acertada. Muitas vezes dou por mim a pensar que determinada personagem não poderia ter falado da forma que eu a pus a falar dadas as suas características sócio culturais, são pequenos pormenores que me vão afastando do papel de ser um contador de histórias no mínimo consistente. Talvez seja algo entre aprendiz e experimentador, palavra feia esta última, mas ainda assim ao reler os textos noto evoluções significativas, principalmente ao nível de construção de personagens e espaços.
Quanto às emoções considero a forma como escrevo demasiado abrupta, os sentimentos são mostrados ao leitor de forma bruta, quase uma violência gratuita, seja essa violência de amor, ódio, repulsa, é uma escrita sem subconsciente. Geralmente o papel do narrador dos textos assume importância relevante nessa passagem de emoções para quem lê, geralmente o narrador nunca é imparcial, toma sempre partido por algo, alguém ou ação, muitas vezes não é claro e reinventa a realidade da forma que bem entende. Os narradores dos meus textos são um pouco como eu, a realidade, pelo menos aquela que observamos de forma distanciada, é quase sempre inventada, as pessoas vão sendo o que nós inventamos delas. Olhos que vêem, mente que inventa, e estamos sempre a inventar.
“Tu nunca chegaste a vir ou fui eu que não te deixei vir, mas o que é certo é que eu te fui imaginando e dando forma perto da porta a sorrir para mim. Nunca pensei se ias entrar ou ias sair, isso na altura pouco importou e menos importará agora. O que me interessa, o que me interessou é ter feito amor no contorno do teu sorriso, no quente vermelho dos teus lábios e aquele momento ter sido quase uma vida toda. E foi no domínio desse momento que o arrepio do vento passou por mim sem entrar em mim e me deu a certeza que foste sempre uma invenção minha, porque eu nunca deixei a realidade dominar todos os teus contornos por egoísmo apenas. Agora, a vida corre lá fora e eu espero-te aqui no conforto quente do meu corpo numa eternidade de sombras sabendo que não vais chegar porque num momento ou noutro eu me esqueci de te inventar.”
Devaneio de Edgar Semedo, In Palavras Minhas. Invenções e outros devaneios. Demónios também.
CE – Também com Álvaro de Campos sentimos essa relação conflituosa entre o ser e o não ser, não fosse “estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu. Estou dividido entre a lealdade que devo à tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora, e à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro”. Tenho curiosidade em saber… Como é que fazes a ligação entre estes dois extremos?
ES – Eu ainda não sei o que sou, sei o que tenho, mas quem sou é algo que permanece e permanecerá sempre incógnito. O real do corpo é ilusório, como escreveu Pedro Paixão no romance Imagens Proibidas o corpo é apenas um fato, uma armadura biológica que nos deram à nascença, ninguém me perguntou se queria ter essa cara, se queria ter estes dedos compridos ou cabelos brancos aos dezoito, habituamo-nos a ele numa tentativa de não enlouquecer. O corpo é das coisas mais reais que temos, e com ele temos a benesses da vida mas também o infortúnio da morte. Já o sonho, o nectar da alma, é irreal, ninguém consegue quantificar quanto penso, nem sequer julgar o que penso. Apenas o sentir atravessa esses dois extremos, o extremo do corpo e o extremo do sonho, do pensamento, eu sinto fisicamente e sinto psicologicamente, mas ainda assim se coloca a questão qual dessas duas formas de sentir é mais importante? Como é claro não sei a resposta, apenas sei que era capaz de enlouquecer através do pensamento mas através do sentir do corpo não. Quanto à ligação entre o real por dentro e o real por fora sinto-a como muito sofrível, daí que escrevo para não sentir mais as coisas, como se as palavras fossem o que restam do que vejo e que me aliviam do que sinto.
CE – Em Coração Imperfeito lê-se “A mulher sentia-se bem na igreja, não sabia se era por Deus estar ali, ou por ela estar ali a sós com ela própria, por ouvir o coração, pelo perdão de Deus ou principalmente pelo perdão dela”. A espiritualidade nada tem a ver com religião. Acreditas em Deus ou simplesmente acreditas? Ou, não acreditas e esses são os teus “demônios também”?
ES – Gostava muito de acreditar. Adorar fantasiar sobre vidas depois da morte e não pensar, como penso, que tenho no final apenas terra e que o real do corpo se converte em energia que entra em circulação no ecossistema e o irreal do sonho, da alma, se perde e não volta.
Quanto à espiritualidade, tenho manias que me confortam e dão segurança, mas não passam por uma imagem de Deus. Ouço o meu coração e me perdoo, peço perdão também. Gosto de fazer o bem e ajudar os outros, mas nem sempre é possível e nem sempre as pessoas entendem as nossas opções e ações, no entanto isso é algo que me transcende, trato dos meus demônios com carinho e alguma preocupação, as outras pessoas que façam o mesmo.
CE – Continuando com os textos que nos presenteias no blogue, “sombras que me esqueci de afugentar e a tua presença que me esqueci de inventar”; “sem intervalo por cima da chuva que não para, nunca parou”; “coração imperfeito”; “as malas à porta. 365”; “o vento que fazia no meu coração dentro do teu bolso”; entre todos os restantes. Como os classificas ou defines?
ES – Histórias e imagens, escrevo muito por imagens, com importância relevante no espaço geográfico e no espaço interior dos personagens. Defino-os como confissões, desabafos ou segredos que se ficassem cá dentro teria uma existência mais conturbada psicologicamente, o que não quer dizer que o que escrevo é a realidade do meu quotidiano, longe disso, a maior parte dos textos, salvo pequenas exceções, são devaneios de imagens e situações que vou observando ao longo das minhas atividades, uma certa invenção do policromático que os olhos do corpo e da mente vão vendo e assistido. Afinal, o mundo é a maior sala de cinema, ou talvez mais teatro que cinema, que existe.
Andei a lavar a casa com lixívia
“Andei a lavar a casa com lixívia, lavei as paredes e o chão, mas não cheguei ao tecto porque os tectos sempre tiveram a forma de céus e as nuvens sempre foram intocáveis. Nas paredes estava escrito o teu nome e mais milhares de frases e palavras em tom de parágrafos onde escreveste tudo o que pensavas. Apaguei todas as frases, passei o pano branco com lixívia palavra a palavra. Fui lendo tudo, não sei se depois foi das palavras ou da lixívia que me comecei a sentir mal e toda a casa rodava à minha volta e tu ias rodando com a casa a repetir as palavras todas, as frases completas e depois gritavam por trás de ti que tudo ficava gravado, mesmo estando as paredes brancas, mesmo passando a lixívia, mesmo ficando o cheiro da lixívia entranhado nas minhas unhas, nas minhas mãos. Pés. Foi aí que vomitei. O vómito aos meus pés, o meu coração a sair pela boca, o cheiro da lixívia a evaporar-se pelos meus poros, e no meu coração saído da boca estavam mais palavras tuas, palavras escritas à volta, por cima da carne, no contorno das veias e artérias, no espaço oco dos ventrículos e aurículas. Descobri, por fim, que, mais que a minha casa, é o meu corpo que é o teu refúgio, o teu livro inacabado, o diário das horas mortas. Não há lixívia que te mate; não há lixívia que me mate; se não morrermos os dois.
Lixívia - (s.f) Solução alcalina, geralmente de carbonato de sódio ou de potássio, que se emprega para branquear.”
Devaneio de Edgar Semedo, In Palavras Minhas. Invenções e outros devaneios. Demónios também.
CE – Às tantas mencionas “…as pessoas são más, as crescidas, as pequenas não, porque essas não são infelizes, ainda hoje me disseram isso, as grandes são mas ainda não sabem. (in As malas à porta. 365). Quem são essas pessoas grandes que te magoaram? Foi durante o teu percurso acadêmico? São “segredos”? E, as pequenas que te ajudam a erguerem?
ES – Considero que as pessoas grandes são más por natureza, no entanto são-no de uma forma rebuscada. Ninguém admite que a maldade que pratica lhe é um ato genuíno, algo que fez parte de um pensamento seu e que converteu em ação. As pessoas utilizam geralmente desculpas para darem ao intuito das suas ações um ar um tanto ou quanto burguês de trazer por casa. É certo que a sociedade contemporânea obriga a uma certa individualidade e a uma competitividade desmedida, no entanto essa competitividade que seria benéfica em alguns pontos, extrapola para a esfera pessoal e torna-se complicado gerir todos esses sentimentos e conflitos interiores, pelo menos a mim é-me difícil essa gestão. Fui educado nos poiais * da minha terra, como costumo dizer, numa agitação muito pouco urbana e muito propícia ao contato físico e emocional, adoro dar abraços, tocar nas pessoas enquanto falo, quando a confiança isso permite, depois vejo-me ser num lugar onde a zona de contato proximal aumenta exponencialmente e onde um gosto de ti é dubiamente interpretado e onde histórias são criadas sobre nós a velocidades vertiginosas sem que tenhamos sequer tempo de nos apercebermos da gênese das mesmas. Por isso digo, e reafirmo aqui, que as pessoas grandes são más, é certo que nem todas o são, às que não são costumo chamar de minhas pessoas e esse círculo sempre restrito tem se tornado cada vez mais restrito.
As pequenas pessoas de que falo são as crianças. Tenho tido a sorte de poder ter tido contato com pequenos anjos que apesar das suas problemáticas e/ou incapacidades me têm dado lições de vida do tamanho do mundo, a elas agradeço, principalmente pela sinceridade com que me têm falado e alertado para as minhas principais limitações e falhas.
Para terminar, achei curioso teres falado sobre o meu percurso académico e poder-se extrapolar a mágoa para esse período, mas no entanto não foi. No tempo da minha licenciatura tive alguns professores com os quais hoje me orgulho de ter privado, basicamente a licenciatura ensinou-me a estruturar o pensamento e a questionar. Essa foi a base da minha formação e é atualmente o meu maior instrumento de trabalho. No âmbito do mestrado, já não foi tanto assim, dado talvez a maior dimensão das turmas e da impessoalidade com que somos obrigados a tratar as pessoas quando vivemos na grande urbe portuguesa. Obstante esse fato, majoritário por sinal, tive, uma vez mais, a oportunidade de conhecer uma mancha humana, restrita também, de colegas com os quais problematizamos situações e solidificamos amizades verdadeiras.
CE – Falemos agora um pouco de coisas, coisinhas e do mundo. Que coisas mais te perturbam e outras mais que te deixam maravilhado, no nosso mundo atual?
ES – Perturba-me essencialmente a falta de humanidade. O desapego que se tornou a relação com o outro, a frieza dos discursos que se baseiam numa troca recoletora * de serviços e produtos. A História tem-nos ensinado a importância dos valores e das práticas de convivência social e cada vez mais se assiste a uma mecanização de ações, valores, discursos e atitudes. Passamos de um teatro de vida para um cinema comercial de vidas. Isso preocupa-me, mas mais que isso entristece-me.
“A blogosfera é quase uma sociedade dentro de uma sociedade.”
Edgar Semedo
CE – O mundo e a poesia. A poesia a tua. Em que é que o teu blogue difere de tantos, milhentos outros, que por aí perambulam virtualmente? Qual é a importância desses mesmos blogues, mesmo os que não têm conteúdo literário, para o leitor em geral? Achas que vai ajudar a dar relevo ao papel da poesia e da sua importância para o homem comum? ES – O meu blogue é diferente dos outros porque espelha a minha forma de ver e perceber as coisas. Tudo o que escrevo é impugnado por cada sentido que tenho desperto ao longo da minha vida. Cada texto demorou uma vida para ser escrito, não apenas o tempo do registro, porque tudo o que fui vivendo é importante para eu ver as coisas daquela forma. Não acho, porventura, que seja melhor que outros blogues, pelo contrário, é especial para mim porque é meu, é uma parte de mim, é uma parte da minha alma.
Quanto à segunda parte da questão, a blogosfera é quase uma sociedade dentro de uma sociedade, para mim tem uma vantagem sou eu a seleccionar o que olho, vejo, leio ou oiço dentro dela. Não sou capaz de estar um dia sem o passeio pelos blogues que já vou referindo como os meus blogues, dada a ligação emocional que conseguimos ligar. Considero, de igual forma, que muitos blogues apresentam qualidades acima da média, um estilo literário e cultural por vezes difíceis de encontrar em obras publicadas. A blogosfera, não substitui a obra publicada, não por ser inferior a esta em alguns casos mas por constituírem suportes e veículos de transmissão diferentes. A importância que estes blogues vão tendo, mesmo os sem conteúdo literário como afirmas, é na minha opinião o ligar pessoas, mesmo que elas não conheçam o rosto ou voz no outro, muitas vezes existe uma empatia enorme sobre quem pensa ou escreve sobre este ou aquele assunto e que se encontra sempre que se quiser naquele endereço eletrônico de página de internet.
O VENTO QUE FAZIA NO MEU CORAÇÃO DENTRO DO TEU BOLSO
“Havia uma velha fotografia, guardada pelo vidro de uma moldura de ferro cromado, essa fotografia tinha vida porque se mexia sozinha e quem estivesse com atenção ouvia o bater do teu coração através dela. Não era um bater forte nem fraco, era um bater ritmado pela força do vento que fazia no dia em que guardaste o meu coração dentro do teu bolso das calças, o dia em que depois me deste a mão e foste comigo correr o mundo, até hoje.”
Devaneio de Edgar Semedo, In Palavras Minhas. Invenções e outros devaneios. Demônios também.
CE – O que uma velha fotografia nos pode oferecer! A quem pertence esse coração que “bate ritmado pela força do vento”? E, a fotografia pode ser vista?
ES – Esse coração é de todos os que amam, é o meu, o teu, o de imensa gente. As minhas fotografias, algumas podem ser vistas, outras não. O sentir é egoísta. Essa fotografia sobre qual escrevi pode ser vista apenas assim, o resto sente-se tudo no coração que anda pelo mundo no bolso das calças de alguém.
CE – Queres deixar alguma mensagem para o leitor de Palavra Fiandeira?
ES – Quero agradecer a oportunidade que me deram de pensar sobre todas estas coisas. Quero agradecer as leituras no Palavras Minhas. Mais do que isso, quero que a felicidade seja reencontrada por cada um de vós todos os dias, nem que sejam apenas por segundos, minutos ou horas, como tanta vez me acontece. Obrigado, por tudo.
* POIAIS significa degraus de casa. No alentejo temos por hábito "fazer tudo" à porta de casa: brincar, conversar ou "cuscar", naquele ambiente de calma e vizinhança próprios das freguesias pequenas. Quando ele refere que foi educado nos poiais da minha terra, refere isso mesmo a confraternização próprias desses ambientes em que todos se conhecem.
* A palavra "recoletora" tem a ver com o facto de usarmos o diálogo como forma de "colher frutos", numa dinâmica de compro e vendo, em que o discurso utilizado é previamente construído para o fim último de ter algo em troca.
“A natureza das coisas não é senão o seu nascimento em certos tempos e em certas circunstâncias que, sempre que são tais, as coisas nascem tais e não outras.” (CN, 147, Ciência de Vigo)
Assim defino a natureza de tal sombra, em que a história que é contada apenas o é porque é a vida que os olhos contam. Esta é a entrevista possível. Agradeço ao Edgar a satisfação de divagar naqueles que são os seus Devaneios.
Aqui, fala-se de tudo e de nada.
De tudo o que somos.
De nada que ninguém é.
Carmen Ezequiel
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CARMEN EZEQUIEL
Escritora, poeta, ativista cultural e colaboradora de PALAVRA FIANDEIRA, em PORTUGAL
Amigo, Marciano
ResponderExcluirObrigada do fundo do coração que neste momento se encontra repleto de cores e ternuras natalícias. Beijo com carinho
Carmen Ezequiel
felicitaciones a los 3... interesante entrevista, bss, Ro
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