Acho difícil escolher um momento intenso,
pois
todas as vezes que subo ao palco a sensação é incrível e singular.
PALAVRA FIANDEIRA
REVISTA LITERÁRIA VIRTUAL
Publicação digital de Literatura e Artes
EDIÇÃO 103
ANO 4 —Nº103 — 16 FEVEREIRO 2013
EDIÇÕES AOS SÁBADOS
DENISE YAMAOKA
1.Quem é
Denise Yamaoka?
Natural de Santos - SP,
iniciou seus estudos artísticos ao piano, cantando em corais e atuando em
grupos amadores de teatro na baixada santista. Bacharel em Música –Hab. em
Composição e Regência pelo Instituto de Artes da UNESP. Em 2003 ingressou como
bolsista no Coral do Estado de São Paulo.E no mesmo ano participou do Festival
de Inverno de Campos do Jordão como bolsista no coro de câmara, sob a regência
do maestro Erick Westberg (Suécia). Também participou de workshops e masterclasses com Sheryl Millnes
(EUA), Maria Zouves (EUA), e com o maestro Werner Paff (Alemanha).
Em
meados de 2006, ingressou no Curso de Canto Lírico da Escola Municipal de
Música de São Paulo, sob orientação de Andrea Kaiser e desde então, já
participou das montagens das operas: "L'Orfeu" - C. Monteverdi sob
regência de Abel Rocha, "Così fan tutte"- Mozart sob direção de Mauro
Wrona, "Il campanello di notte"- G. Donizetti,
"Tommy" Ópera Rock - The Who, “Ópera do Malandro” – Chico Buarque
(numa adaptação para o Coral Municipal Zanzalá de Cubatão), "La
barca" - A. Banchieri e "O empresário" de W. A. Mozart, Em
2008, esteve em turnê na Itália junto ao Coral Luther King, onde se apresentou
em diversas igrejas e teatros, sob regência de Martinho Lutero. Em 2009 e 2010
participou da montagem da ópera "Le Nozze di Fígaro" de W. A. Mozart,
no papel de Susanna, sob direção de Eloísa Baldin, apresentando-se no teatro
João Caetano e na Galeria Olido. No ano de 2010, se tornou bolsista da Fundação
Magda Tagliaferro, orientada pela prof.ª Regina Elena Mesquita e viu a
necessidade de retornar às Artes Cênicas e iniciou o curso profissionalizante
no “Teatro-Escola Célia Helena”, onde desenvolveu também habilidades em
maquiagem artística. Em 2011 participou da montagem da ópera “Carmen” de G.
Bizet, sob direção de Mauro Wrona, no teatro do “Clube Paulistano” e participou
da gravação do DVD “Queen Sinfônico” no Teatro Coliseu de Santos – uma produção
da Banda Sinfônica e do Coral Municipal “Zanzalá” da Secretaria de Cultura de
Cubatão.
No teatro protagonizou “Lisistrata” de
Aristófanes sob direção de Ednaldo Freire; defendeu Irina na peça “Três Irmãs”
de A. Tchekhov, sob direção de Gabriel Miziara e atuou na peça “O Inspetor
Geral” de N. Gógol sob direção de Rafael Masini.
Atualmente
está dirigindo cenicamente um espetáculo musical na baixada santista junto ao
grupo “Broadway Voices” com estréia prevista para outubro de 2013 e atuando no
musical infantil “Tic Tic Tati” sob direção de Roberto Lage em cartaz na rede
Sesc.
2.É cantora
lírica, atriz, maquiadora: a arte, de forma polivalente encontra a sua difusão em você. Há sensações
diferentes entre ser atriz, cantora lírica...?
Quando
se está em ação no palco, você pode ser motivado tanto pelas palavras e ações
quanto pelos sons, ambas as artes são ricas em suas propriedades e a
intensidade com que elas me atravessam não divergem, elas se completam. Um
cantor lírico para expressar suas músicas, não conta apenas com uma melodia,
ele tem que ir à fundo na compreensão do texto a ser cantado e na forma como
irá interpretar e passar a mensagem musical, ou seja, ele tem que ser um ator
também.
As bodas de Fígaro
3.É Regente
do Coro da Basílica do Carmo e do Coral Infantil do C.C.A. Carmo . Fale, por
favor, aos nossos leitores sobre essa sua atividade...
Cresci
dentro de um movimento coral muito forte na minha cidade, foi uma época muito
importante que foi decisiva na escolha dos caminhos que trilhei até aqui.
Cantei num coral infantil que acabou se tornando infanto-juvenil e logo depois
juvenil, pois nós, crianças, acabamos
crescendo juntos e mesmo com interesses diversos, com cotidianos diferentes,
sempre tínhamos muita alegria quando tínhamos ensaio do coral, ou seja, éramos
ligados pela música. Cresci e continuei com essa paixão, virei assistente de
coros adultos, ingressei como bolsista no Coral Do Estado de SP e até hoje
canto no Coral Profissional Zanzalá. Toda essa formação me desenvolveu tanto
como musicista como socialmente, e por acreditar que o canto em conjunto traz
benefícios a quem frequenta essas atividades e também a quem está em torno
destas pessoas, procuro sempre manter grupos vocais, que é o caso desse dois
coros. Sou muito agradecida pois a Basílica do Carmo e a diretora do CCA. Carmo
me abriram as portas e deram espaço para eu criar o Coro Infantil, por
acreditarem na música inclusora social e formadora de jovens. Já o Coro da
Basílica do Carmo, é um coral tradicional da igreja. Ele foi formado há 5 anos
pelo Frei Vinicius em conjunto com entusiastas da comunidade que atualmente me
ajudam na parte burocrática do coro. Assumi a regência do Coro ano passado, fui
muito bem recebida desde o começo e acho que mais do que ser regente deles eu
aprendo muito com as experiências compartilhadas. Posso dizer que meus coros
são meus amores.
Lisistrata
4.Como
cantora lírica, poderia nos expôr algum momento que possa ter trazido uma
felicidade especial em sua vida? Ou, pela intensidade da alegria em sua mente
em cada apresentação, poderia nos destacar um de seus momentos?
Acho difícil escolher um momento intenso, pois todas as vezes que subo ao palco
a sensação é incrível e singular. Mas posso citar um momento marcante que
foi a primeira montagem de ópera a qual participei. Isso foi em 2005, no
auditório da Unesp. Foi uma montagem estudantil da ópera "La Clemenza di Tito" de
W. Amadeus Mozart, eu estava no papel principal, o "Sextus".
Lembro-me de ter menos de um mês para aprender o papel, entrei no meio do
processo pois quem faria o papel acabou saindo. Eu tinha acabado de iniciar
meus estudos de canto e na última récita, no momento em que minha personagem
estava em uma das cenas mais fortes, de rebelião, senti uma energia tão
intensa, me senti tão completa que creio que foi ali, naquele momento que não
duvidei mais do que eu queria fazer pelo resto da vida.
As bodas de Fígaro
5.Ocorreu
recentemente uma manifestação na Rede, em seu mural, contra a programação da
televisão e até bruscamente, devido a insatisfação (que MERDA de repórteres e
jornalistas as televisões estão contratando!). Poderia, gentilmente, nos falar
sobre essa questão da influência da mídia televisiva no cotidiano?
Não sou contra as pessoas assistirem televisão, acessarem facebook, jogar vídeo
game, procurando apenas entretenimento, passatempo... aliás, eu sou sim uma
dessas "jovens antenadas" que gostam de diversidade e muita, muita
informação rápida. Bem... esse episódio foi um grande desabafo aos meus amigos
de facebook, pois mantenho minha conta controlada e então nem todos podem ler
meus desabafos, numa manhã dessas onde eu só queria ouvir as notícias do dia e
ficar informada, saber sobre economia, notícias do mundo e até mesmo saber o
que tinha de interessante, alguma exposição, bienal, que até pouco tempo atrás
os jornais mais serios da manhã tratavam desses assuntos, e acabei colocando em
outro canal, que não costumo assistir, pois naquela manhã tinha acordado mais
tarde do que de costume e no fim recebi uma carga de imagens pesadas de
acidentes, assaltos e violência e isso tem sido muito frequente, e não era bem
o que eu queria naquela manhã, se assumo que no fim, aquilo me gerou esse
reação, como deve gerar em muitas outras pessoas, pois até meus amigos chegaram
a discutir e concordaram, colocando até outros pontos de vista sobre o assunto.
Mas o que mais me irrita é a questão de até onde podemos expor as pessoas,
tanto no quesito de quem está sendo filmado "a notícia da vez", como
de quem assiste. Quem assiste, ok... "que mude de canal!!!" Não acho
que seja a solução. A solução é pensar melhor como mostrar a notícia. Um
repórter quando vai ao local, pode pegar muitas informações e selecionar o que
é pertinente e o que é supérfluo e "sensacionalista". Um câmera pode
filmar um acidente, mas não precisa expor os acidentados e nem dar o
"ZOOM" desnecessário, já na edição, esses cortes poderiam ser feitos,
porque até mesmo quando "borram a imagem" o trabalho não é bem
feito. E isso tudo eu creio ser falta de limites, pois quando uma reportagem
dessas vai ao ar às 9 da manhã deve sim haver um critério e um limite de
exposição. A televisão, principalmente o canal aberto, pra mim é um forte meio
de comunicação e informação e tem que ser tratado com muita responsabilidade e
por mais que uma emissora de "abertura" os jornalistas e repórteres
tem sim que ter cuidado e ética em seus trabalhos. E acho sim que a televisão
perde de longe pra internet pois você tem que ficar esperando uma programação
legal, um filme diferente, uma minissérie interessante.... e você tem tudo isso
na mão imediatamente na internet. É só saber procurar!
6.Estive
muito recentemente em Santos, a cidade da minha vida. Poderia nos traçar
brevemente a programação cultural dentro de suas performances, como música
lírica, teatro... E com relação a você, algum espetáculo em Santos no primeiro
semestre do ano? Tem algum projeto que já possa ser revelado aqui na FIANDEIRA?
Santos...Paixão de muitos!!!! A cidade é um verdadeiro celeiro de artistas, o
movimento cultural é grande no quesito formativo e amador quando tratamos de
teatro. São poucos os grupos profissionais sediados aqui em comparação ao
número de santistas que estão atuantes no mercado na capital. Temos grandes
movimentos teatrais e grandes nomes em nossa cidade, aqui está sediado o
FESTES, FESTA, o MIRADA e o FESTIVAL DE CURTA, mas os nossos jovens, quando
precisam dar um passo a frente, procurar um curso superior, uma especialização,
um mestrado acaba tendo que deixar a cidade e dificilmente volta.
Principalmente no quesito MUSICAL!!!! Nossa cidade não mais sedia o FESTIVAL DE
MÚSICA NOVA, que um dos nosso grandes compositores, o Gilberto Mendes tanto
lutou por esse movimento. Hoje há apenas um curso de formação superior em
música na cidade, e a nossa orquestra... creio que não receba a atenção
merecida. A ópera nem tem mais espaço por aqui... e olha que em nossa cidade
temos nomes importantes no canto lírico nacional e ouvi dizer que realizavam-se
montagens operísticas uma década antes de eu nascer!!!! Realmente a área musical
precisa de muito carinho por parte dessa nova gestão que está chegando,
precisa-se de planos de formação e incentivo, e olha, que gente com vontade pra
fazer não falta, tanto de pessoas muito experientes e reconhecidas no cenário,
como de jovens que estão em plena formação e com vontade de realizar coisas
novas e diferentes... o que está faltando é espaço e muito incentivo!!!!
Sobre minhas atividades, no primeiro semestre não tenho previsão de espetáculos
na cidade, mas retornarei em cartaz com o Musical Infantil "Tic Tic
Tati" com a cantora Fortuna. É um espetáculo musical em homenagem a
Tatiana Belinky. Os poemas foram cuidadosamente musicados pelo Hélio Ziskind, e
também tem canções da cantora Fortuna, os arranjos do espetáculo foram feitos
pelo Gabriel Levy e a direção cênica ficou a cargo do Roberto Lage, eles são da
uma equipe maravilhosa. O espetáculo está em cartaz na rede SESC e quem estiver
interessado pode dar uma conferida na agenda neste site: www.fortunamusica.net.
Mas para o segundo semestre, o elenco do "Broadway Voices" deverá
estrear um espetáculo em homenagem à Broadway após um longo processo formativo.
O Broadway Voices é um projeto idealizado pelo Fernando Pompeu, Elizangela Lima
e Denise Yamaoka visando a formação de jovens talentos da baixada santista que
pretendem seguir a carreira artística. Será um processo muito interessante. Quem
quiser saber mais é só visitar o nosso site: www.broadwayvoices.com.br.
7.A
Rede é complexa, pois é nela que vigoram ciúmes, inveja, etc, mas é também um
canal maravilhoso, uma, talvez a maior, imensa revolução na forma como os seres
humanos se comunicam, e até, entre outras questões, modificou, de modo geral, o
conceito de “Amigo”. Qual a sua visão/opinião sobre a Rede?
Acho a Rede incrível! Ciúmes, inveja e até macumba existem dentro e fora dela,
basta apenas nós cuidarmos e muito bem como iremos utilizá-la e como nos
proteger. Como eu já disse, meu mural é controlado: só vai ao publico geral o
que eu escolho, recados pessoais devem ser tratados por mensagens privadas. O
mural serve pra divulgação, trocas de vídeos, leituras, elogios, piadas, tudo
com cautela... e vejo muito mais aspectos positivos do que negativos. A rede é ótima
em velocidade e informação, precisamos ter consciência do que é relevante ou
não... Através dela podemos nos comunicar até com pessoas que poderíamos nunca
conhecer!!! Só temos que ter cuidado para não entregarmos tudo da nossa vida,
pois nunca sabemos a real índole de quem está do outro lado. O que mais gosto
mesmo é de ler biografias de cantores líricos, ver fotos, vídeos deles no YouTube,
pesquisar livros e BAIXAR PARTITURAS!!!!! Tanta coisa boa! Acredito que eu
aproveito e muito bem o que tem na rede! Mas claro, sempre lembrando que ela
não substitui um encontro com os amigos no fim de semana, um abraço apertado e
uma tarde de domingo com a família!!!!
8.Participou
recentemente, da 1ª Mostra de Estúdios de Ópera de São Paulo. Conte-nos sobre
essa sua apresentação, por favor.
Essa mostra foi realmente valorosa. Reunir jovens demonstrando seus talentos,
sendo orientados da melhor forma, experimentando a alegria de subir num
palco... é confortante para nós vermos que a arte operística esta plantando
sementes e que se forem devidamente cuidadas teremos futuros artistas com
qualidade e que talvez não precisarão ir para lugares distantes em busca de
conhecimento. Mostras, encontros, workshops, festivais e até mesmo concursos
devem ser mantidos e principalmente incentivados, pois neles há troca e
interação com pessoas experientes na área e digo que temos músicos
profissionalíssimos aqui no nosso país que sim se preocupam com a formação e a
pesquisa para melhor passar seus conhecimentos à nova geração. Devemos
valorizá-los e dar maior abertura para que suas experiências e vivências possam
ser compartilhadas dando ferramentas e orientações para melhoria da classe
operística no nosso país que infelizmente sofre preconceitos, é pouco
reconhecida, recebe pouco incentivo, pouco recurso e tem pouca divulgação. E
digo mais, necessita-se entender as diferenças de realidade na formação musical
em diversos âmbitos, para que nos conservatórios e escolas de música os planos
de ensino musical sejam compatíveis com nossos jovens e nossa realidade e não
tentar forçar os jovens a trabalhar em "moldes" que não se adequam a
nossa realidade. Essa mostra valeu como reflexão, experimentação e grande
aprendizado e no fim, por falta de incentivo e de alguém interessado em levar a
diante, não houveram mais Mostras de Estúdio Ópera. E não foi por falta de
grupos...
9.O
que é o "Grupo Experimental de Ópera"?
O GEO — Grupo Experimental de Ópera, surgiu a partir de uma ideia da minha amiga
de longa data Marcia Malaquias. Reunimos jovens estudantes de canto lírico para
estudos aprofundados dos processos de montagem de óperas. Estudos de história
da ópera, caracterização, interpretação, contra-regragem, tudo o que envolve
estes espetáculos além da atuação. Um processo de entendimento geral. Apesar de
algumas mudanças do ponto de vista no meio do caminho, nossos esforços
resultaram na montagem da ópera "As Bodas de Fígaro" de W. A. Mozart.
Atualmente esse grupo se separou, mas gerou muitos frutos, todos que
participaram estão envolvidos em outras montagens e concertos com renomados
profissionais da nossa área, se ainda não estão, estão no caminho. Esse tipo de
grupo de estudos é importante pois abrimos novos horizontes e podemos colocar
em prática muita coisa que fica apenas na teoria no nosso cotidiano. E vale
lembrar que desde sempre os artistas se reúnem para estudar, debater e explorar
novas linguagem e caminhos diversos para o desenvolvimento da arte num
todo. A própria ópera acabou se desenvolvendo a partir da chamada Camerata Fiorentina,
que eram músicos e poetas que se reuniam na casa de um conde para discutir qual
a melhor forma de se valorizar um texto sem perder a beleza musical. Acho
importante nos espelharmos em tudo o que
vem do passado para que com a tecnologia e a facilidade que temos hoje podermos
aproveitar o que há de melhor em todos os movimentos artísticos sem perder a
visão do que podemos desenvolver num futuro próximo, deixando para os outros
material de discussão e criação.
Realizando sonhos
A literatura infantil/infanto-juvenil é de extrema importância formativa na
vida da criança/jovem. Por mais que haja muita tecnologia, jogos formativos,
informação e até mesmo na escola a criança seja bombardeada com
"metodologias do ensino" nada pode se comparar com um livro. Apenas o
livro consegue transportar as pessoas instigando-as à criatividade e à
reflexão. Além disso, o livro é uma forma maravilhosa da família cuidar e estar
mais perto da criança. No momento da escolha da leitura, você pensa com carinho
na sua criança, quando você se senta com um filho(a), sobrinho(a), neto(a) para
ler uma história, certamente cria-se um elo inexplicável. Você criará valores
de unidade sem impor, sem contar que a criança se sente amada e vai ser
estimulada pelo resto de sua vida, pois quando ela pegar um livro,
inconscientemente ela terá uma boa sensação deixada por estes momentos. e eu
posso dizer que a literatura infantil não é apenas para as crianças não. Eça é
para todos, porque tenho certeza que o adulto que escolheu e partilhou a
leitura com sua criança certamente também apreciou e se deixou mergulhar na
história. O adulto também se identifica!!! E tão forte pode ser essa
identificação que essas histórias se mantêm vivas através deles, eis que os
atores, os músicos recorrem às histórias, contos e poemas para criarem
espetáculos, e darem forma às suas artes!
11.Falando
em Infantil, como vê a Programação Teatral ou
Musical dedicada ao público
infantil atualmente no país, de forma geral?
O teatro infantil atualmente tem muitos formatos. Temos peças voltadas para
conscientização ambiental e social, temos peças recheadas com grandes nomes da
literatura mundial apresentadas de forma lúdica, temos peças interativas,
contadores de histórias e também as peças comerciais voltadas para o
entretenimento, tem até projetos de colegas que levam a ópera para o público infantil!!!!
Muitas dessas peças a preços populares ou com produções voltadas para as
escolas. Não faltam opções com qualidade. O que falta é a facilidade e a
abertura para que esses espetáculos cheguem às cidades fora das grandes regiões
metropolitanas e esses artistas serem cuidadosamente orientados e devidamente
reconhecidos. Eu sinto, de verdade uma lacuna em espetáculos voltados para um
público jovem, pouco vejo interesse em desenvolvimento de espetáculos para
pré-adolescentes e adolescentes.
12.Deixe aqui
a sua mensagem final. Qual é a sua PALAVRA FIANDEIRA?
Realizar sonhos sem perder a essência, respeitar os mestres e a vida, aprender
com os mais jovens e se adaptar as novidades, viver intensamente até o último
suspiro, atravessar o outro com palavras e melodias. A tristeza nos faz crescer,
e a felicidade, nos torna plenos.
No SESC Consolação
Com Thais Sanches Cardoso; Bárbara Martins Franco e Gleice Kelly
PALAVRA FIANDEIRA
Publicação digital de artes e literatura
Edições aos sábados
Edição 103 —DENISE YAMAOKA
PALAVRA FIANDEIRA
Fundada pelo escritor Marciano Vasques
Obrigado, Marciano, por nos apresentar Denise, uma artista - literalmetne - "fora de série".
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