REVISTA LITERÁRIA VIRTUAL
Publicação digital de Literatura e Artes
EDIÇÃO 114
ANO 4 —Nº114 —4 MAIO 2013
EDIÇÕES AOS SÁBADOS
DJANIRA PIO
1.Quem é Djanira Pio?
—Djanira
Pio é um número a mais na populosa espécie humana. Nascida e
criada nos confins deste Estado: Santa Rita do Passa Quatro. O fato
de ter sido criada na roça me fez amar o Planeta. Era um mundo
particular e especial, té que saí para estudar.
2.Tenho reparado a sua
atuação na Rede Social. De uns tempos pra cá, demonstra grande
preocupação com a desfaçatez nacional, e posta mais conteúdo
político. Também o desmazelo da Educação. A situação dos
professores... Resumindo: uma preocupação forte com as questões da
Educação e da Política. Você acredita que a Rede possa de fato
contribuir com a elevação do nível de consciência?
—Acredito
na Rede Social, exerce o papel de mostrar a voz do povo. Poderá
incomodar e daí, haver mudanças. Preocupo-me com a Educação
porque sou professora e tenho dois filhos professores, alem de
acreditar que o mundo só muda através da Educação. Falo em
política por causa da indignação. Particularmente não sou
política partidária.
Djanira aprecia Arte
3.Já somos amigos
desde um tempo em que nem se imaginava essa revolução tecnológica.
Com o surgimento desse novo conceito de amigo, na Rede, o amigo
virtual, etc, acredita que a amizade tem chance de sobreviver em
seus valores primordiais, como a lealdade, etc? Ou a amizade virtual
pode também ser real?
—O
convívio e a amizade virtual, normalmente fica só no virtual, mas
nada impede que se torne real. É um modo rápido de convivência, de
exposição de idéias. Se não for leal, ficamos logo sabendo.
4.Tem uma atuação que
considero discreta, sem badalações. Assim me parece. O escritor
necessita desse envolvimento caloroso de estar presente nos encontros
literários, etc? Pode, gentilmente, nos falar sobre isso?
—É
verdade, sempre fui muito discreta e escondida, por vários fatores,
circunstâncias:
Trabalho,
filhos, timidez. Acabei me privando desse convívio caloroso e tão
necessário para o escritor. Sinto que perdi muito.
5.Hoje tudo parece
confuso, e certas brechas favorecem sentimentos e expressões
raivosas, assim como manifestações exaltadas. Um exemplo:
recentemente o artista Roberto Carlos aprovou uma dezena de projetos
que utilizam o seu nome e a sua imagem sem nenhum vínculo comercial,
mas continua exigindo o pedido de autorização quando se trata de
projeto comercial, como a venda de livro. Ele está certo? Estaria o
“Rei” nos ensinando uma imensa lição ao ser excessivamente
cioso, zeloso de sua imagem numa época em que até a privacidade
está exposta na Rede Social? Ou é apenas um censor, como disse a
Revista VEJA? Tem opinião formada sobre essa questão?
—Todos
devem ter sua privacidade, naquilo que achar importante. A exposição
pessoal cansa. A lição de Roberto Carlos é boa e pode ser seguida.
6.Tenho seus livros
aqui em casa. Um deles intitula-se “Seu Nome era Susana”. Pode,
por gentileza, expôr algo desse livro aos leitores da Fiandeira?
Quem era Susana?
—Susana
é um livro pequeno e tenho imenso carinho por ele.Susana é uma
representante do mundo feminino. Ela foi criada para ser
politicamente correta e tentou a todo custo o acerto. Se ganhou ou se
perdeu, só ela poderá nos dizer.
Como
personagem ela vem de outro livro, por isso há sempre voltas ao
passado. No rencontro com o mestre, ele pouco se lembra do passado
que tiveram, revelando a diferença de mundos: masculino e
feminino.
7.Num poema chamado
“Energia” você afirma que a palavra cria energia própria, viaja
pelo universo e cria realidades. Poderia nos argumentar sobre essa
força da palavra?
—A
palavra falada é muito forte, a palavra pensada pertence apenas ao
pensador. Quando é formulada e dita, carrega uma energia, corre pelo
universo, pelos espaços vazios no momento e carrega energias
irreversíveis para o bem e para o mal. Tem o poder de criar
realidades.
Plantas da autora
8.De que trata o seu
livro “Olhares”? Quais os olhares presentes na obra?
—No
livro Olhares quero mostrar as várias maneira de olhar e ver coisas
iguais que se modificam diante de olhares diferenciados.
9.Também publicou um
livro chamado “A Difícil Vida Inteligente”. O que nos poderia
comentar sobre a abordagem desse livro?
—"A
Difícil Vida Inteligente" reflete a dificuldade do convívio humano
para os seres considerados os mais inteligentes do Planeta. Vemos como
caminha o homem e não podemos gostar. Cada ser tem seu próprio
mundo particular e essas diferentes realidades
devem
conviver num mesmo sistema: a vida no Planeta.
10.Aprecia a
Literatura Infantil? Tem algum livro que leu na infância que
considera marcante em sua vida?
—A
literatura infantil só vim a ler quando fui mãe, por exigência de
minha filha, foi então que passei a ter paixão por ela. Os livros
eram lindos, mas geralmente estrangeiros. Não houve livros na minha
infância, mas tive uma avó que contava histórias de fadas,
príncipes, e rainhas. Enxergávamos os palácios, era uma grande
contadora de histórias.
Livro de Djanira Pio
11.Você é sócia de
alguma entidade de escritores? Participa ativamente?
—Sou
sócia ha muito tempo da União Brasileira de Escritores. Mas não
frequento.Antes da Internet participei ativamente da literatura
alternativa, dos maravilhosos jornais e conheci muita gente. Foi uma
fase trabalhosa, mas excelente fase.
12.Deixe aqui a sua
mensagem final. Qual a sua PALAVRA FIANDEIRA?
—Foi
uma honra participar da Palavra Fiandeira. Pude pensar sobre mim e
sobre meu trabalho, pude dar voz aos meus pensamentos, conceitos. Não
sei se me saí bem nessa missão tão linda do escritor Marciano
Vasques.
PALAVRA FIANDEIRA
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