EDITORIAL

PALAVRA FIANDEIRA é um espaço essencialmente democrático, de liberdade de expressão, onde transitam diversas linguagens e diversos olhares, múltiplos olhares, um plural de opiniões e de dizeres. Aqui a palavra é um pássaro sem fronteiras. Aqui busca-se a difusão da poesia, da literatura e da arte, e a exposição do pensamento contemporâneo em suas diversas manifestações.
Embora obviamente não concorde necessariamente com todas as opiniões emitidas em suas edições, PALAVRA FIANDEIRA afirma-se como um espaço na blogosfera onde a palavra é privilegiada.

sábado, 28 de setembro de 2013

PALAVRA FIANDEIRA 135


Quando eu era criança minha professora da segunda série exigiu que eu lesse o livro “A Revolução dos bichos” de George Orwell: dizia ela que era pra eu aprender a ficar parado num lugar por algum tempo.




PALAVRA FIANDEIRA

ARTES, EDUCAÇÃO E LITERATURA

Publicação Digital de Artes, Educação e Literatura
Edições aos sábados
Edição de 28 de Setembro de 2013
Ano 4 — Edição 135

HUGO VIDAL



1.Quem é Hugo Vidal?
Jornalista ,ator, diretor e professor de teatro iniciando seus trabalhos na Paraíba no ano de 1988 no departamento de artes da universidade federal da Paraíba.



2.Conte um pouco do grupo Troupe Trotte. Quando ele foi fundado e qual seu primeiro trabalho?
A troupe foi fundada em 1994 com a dissidência de dois grupos de teatro da cidade de Campina Grande, nasceu do encontro desses atores num curso de circo ministrado pelo professor Monteiro da Unicamp, na cidade de campina grande, nosso primeiro trabalho fora o “Ali tem um circo” em 1995, resultado de uma pesquisa nos circos “tomara que não chova” nos estados de Pernambuco Paraíba e rio grande no norte.



3.Além de ser diretor teatral e também ator, teve algum outro envolvimento com a arte?
Escrevo muito para teatro, dou aulas de técnicas circenses e nas horas vagas trabalho com performances circenses em casas noturnas, com pirofagia, palhaço e perna de pau.



4.Em sua opinião, quais as principais dificuldades enfrentadas pelos artistas atualmente?
A falta de políticas publicas que sejam menos complicadas do que os famigerados editais federais que só privilegiam grupos já conhecidos, bem como o auto respeito e a falta de qualificação , hoje em dia todo mundo quer ser artista mas ninguém quer estudar, todo mundo quer trabalhar no entanto cobram valores que acabam denegrindo quem sabe se valorizar, o artista em si acaba traçando um caminho tortuoso para si mesmo.


5.Seu trabalho mistura a arte circense com o espetáculo de rua. Acredita que o circo sobreviverá na era tecnológica que está surgindo?
Não só o circo , mas muito do que era belo de tempos passados como as brincadeiras de rua , pião , pipa, carrinho de rolimã, o cinema, tudo o que era diversão de qualidade e educativa, está com a sua vida ameaça devido a geração internet e shopping centers. Nós, artistas, temos que fazer nossa parte que é levar essa magia para todos para que plantemos uma semente que não deixe tudo isso cair no esquecimento.



6.O grupo viaja para várias cidades com seus espetáculos. Como é essa sensação de estar em  diferentes lugares apresentando histórias para as crianças?
É inefável!, sentir culturas diferentes, olhares diferentes, risos diferentes de regiões diferentes desse nosso brasilzão. É algo de encantador, digamos que seja a consagração e o brinde de ser artista.


7.Aprecia a Literatura Infantil? Tem algum livro que possa ter lido em sua infância,  que de alguma forma o tenha marcado?
Quando eu era criança minha professora da segunda série exigiu que eu lesse o livro “A Revolução dos bichos” de George Orwell: dizia ela que era pra eu aprender a ficar parado num lugar por algum tempo. Foi traumático. Eu nunca consegui ficar quieto. Era uma criança ULTRA ATIVA e estudar pra mim era um martírio, adorava tudo que fosse folia e movimento. Ser artista caiu como uma luva, procuro tornar minhas obras e minha leitura em algo como o circo , ou seja para todas as idades.



8.Qual o motivo que originou essa predileção pelo trabalho com o público infantil?
Criança é o melhor público que existe por dois motivos, o primeiro porque criança é sincera ou ela gosta ou simplesmente levanta e sai , o outro é que sempre depois de uma apresentação  vem um abração gostoso seguindo de palavras de admiração.


9.Atualmente está dirigindo “A Cidade das Cantigas”. Como tem sido essa experiência?
Lindo! Ver que ainda muitas crianças conhecem as musicas do espetáculo e cantam junto em coro é fantástico, é a sensação que estamos fazendo nossa parte mantendo e resgatando as tradições.



10.Também realiza oficinas de teatro. Como tem sido esse contato com o público? Sente um interesse nas pessoas pela arte no palco? De que forma acredita que o teatro possa contribuir com a consciência e a vida de todos?
Teatro para mim é arte educação , é buscar um ser humano que passe a olhar o mundo com a ótica do amor, é  fazer com que o ser humano não queira tão pouco e busque algo que engrandeça a alma. Dar aula pra mim é contribuir para um ser mais “HUMANO”.


11.Em seu trabalho há uma preocupação ecológica de cuidado com a natureza. Que outras preocupações o motivam em sua atuação de teatro musical?
O resgate da cidadania, a arte como forma de mudança e o resgate às tradições.



12.Deixe aqui a sua mensagem final. Qual a sua PALAVRA FIANDEIRA?
Vamos juntos sempre arduamente difundir o teatro de qualidade, a arte educação, vamos cuidar de nossos pequeninos e ajudar também os adultos e reencontrar o caminho dos seus corações e voltarem a ser crianças para juntos termos dias melhores.


PALAVRA FIANDEIRA

Edição 135 
HUGO VIDAL

PALAVRA FIANDEIRA
Fundada pelo escritor
Marciano Vasques

Hugo Vidal









Todas as fotos ©

Fotos de A CIDADE DAS CANTIGAS na Praça Victor Civita: 
E: Assessoria Literária e Educacional

Nenhum comentário:

Postar um comentário